São Paulo, quinta-feira, 03 de agosto de 2006

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Crítica

Sganzerla traça painel desolado do Rio anos 70

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

São estranhas, as imagens de "Copacabana Mon Amour" (Canal Brasil, 22h40). Mas quem tiver paciência para atravessar os primeiros inesperados minutos talvez consiga perceber ali algo mais do que um filme "sem qualidade".
A prostituta de Helena Ignez, sua cliente canista Lillian Lemmertz, o picareta Guará, o patrão Paulo Villaça e o empregado masoquista e apaixonado por ele, o pai-de-santo: são todas figuras de um Rio de Janeiro em decomposição, imagens de um país em decomposição, vistas pelo olhar pessimista de Rogério Sganzerla na década de 1970. A coisa piorou de lá para cá.
Mais amenas serão certamente as imagens de "Lição de Cinema - Kieslowski" (Telecine Cult, 23h55), documentário de Dominique Rabourdin sobre a trilogia das cores da bandeira francesa feita pelo polonês Kieslowski.
Temos então, no cardápio de hoje, um filme do desespero e um instrutivo para ver. Pólos opostos? Talvez não. Dá para tentar o zapping.


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