São Paulo, quarta-feira, 03 de setembro de 2008

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Galeristas reformam Liceu para montar Paralela

Para 4ª edição da mostra off-Bienal, que terá 60 artistas, galpão perto da Pinacoteca passa por reestruturação orçada em R$ 180 mil

FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em sua quarta edição, a Paralela, mostra organizada pelas principais galerias paulistanas durante a Bienal de São Paulo -a data de abertura é a mesma, 26/10-, irá gerar um espaço expositivo para a cidade. Construído em 1912 e em desuso desde 1990, um galpão de cerca de 3.000 m2, que pertence ao Liceu de Artes e Ofícios, será reformado pelas 11 galerias -entre elas Fortes Vilaça, Millan e Luisa Strina- que tomam parte do evento.
"A intenção é dar continuidade, utilizando o espaço para eventos de arte e cultura que estejam "linkados" aos cursos profissionalizantes que o Liceu promove e pretende ampliar", diz Patrícia Macedo, diretora da instituição privada.
Um dos interessados é o governo do Estado: "Nós queremos ficar com ele, se for possível queremos alugá-lo para fazer uma unidade da Pinacoteca até que a nova extensão, com previsão de abertura para 2011, seja inaugurada", diz Ronaldo Bianchi, secretário-adjunto de Cultura do Estado de São Paulo. Segundo Luciana Brito, da galeria Brito Cimino, foi Bianchi quem sugeriu o Liceu: "Ele sabia que o espaço era viável e foi o melhor dos vários e incríveis locais que nós visitamos".
Para a reforma do galpão, que fica perto da Pinacoteca, do outro lado da avenida Tiradentes, as galerias vão desembolsar R$ 180 mil, valor que pode ser coberto por patrocínio. "Nosso orçamento inicial era de R$ 1,2 milhão, com catálogo e monitoria, mas nesse momento temos um orçamento de R$ 650 mil, que inclui a reforma", diz Márcia Fortes, da galeria Fortes Vilaça.
A curadoria desta edição da Paralela está a cargo de Rodrigo Moura, curador do Centro de Arte Contemporânea Inhotim, em Minas Gerais, que selecionou 60 artistas para a mostra, contra os 146 de 12 galerias da edição anterior.
"Acho que é importante mostrar o artista com profundidade e qualidade. Exposições com muitos artistas acabam massificando demais a produção, achatando", diz Moura.

NA INTERNET
www.folha.com.br/082461
veja lista completa de artistas



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