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CRÍTICA POLICIAL
"O Chefão de Nova York" é um título feito com e para negros
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Larry Cohen era um roteirista com um filme dirigido
no currículo quando escreveu e dirigiu "O Chefão de
Nova York" (TCM, 23h05, 14
anos). É a trajetória de um jovem negro até se tornar um
maioral do submundo.
A novidade da coisa não
era a história, mas o fato de
os protagonistas serem negros e o produto ser dirigido
ao público negro. Estávamos
no reino da Blaxploitation
(um documentário às 22h, no
mesmo canal, tratará dele),
que foi a decorrência simbólica dos movimentos negros
começados nos anos 1960.
A outra novidade foi o surgimento de cineastas negros,
não ideológicos, como apareceriam tempos depois, dispostos a fazer aventura, policial -desde que com negros.
Cohen não era negro. Mas
começava a afirmar-se aqui
como um rei do baixo orçamento feito com talento.
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