São Paulo, sexta-feira, 03 de setembro de 2010

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"Miral" busca fio de esperança no Oriente Médio

DA ENVIADA A VENEZA

O talento pictórico de Julian Schnabel ("O Escafandro e a Borboleta") faz com que "Miral" forje beleza de uma das mais tristes regiões do mundo: o Oriente Médio.
O filme, que concorre ao Leão de Ouro, procura, na estética e na história, puxar um fio de esperança em meio à dureza.
A produção parte de livro de Rula Jebreal, jornalista de TV palestina que trabalha na Itália. A história começa em Jerusalém, em 1948, e acompanha três gerações de mulheres.
"Misturei fatos e pessoas, mas tudo é verdade", diz Jebreal. "Não há espaço para a imaginação no Oriente Médio. Você só consegue falar do que viu passar à frente dos olhos."
O que os olhos de Jebreal jamais apagaram foi a história de Hind Husseinin (Hiam Abbass), que criou um orfanato para crianças palestinas.
Miral é a menina que, ao crescer, vai trabalhar com refugiados e é confrontada com a pergunta: qual o caminho para a paz? Armas ou educação? Schnabel não quis dar lições políticas, e sim contar uma história inspiradora. (APS)


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