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"Miral" busca fio de esperança no Oriente Médio
DA ENVIADA A VENEZA
O talento pictórico de
Julian Schnabel ("O Escafandro e a Borboleta") faz
com que "Miral" forje beleza de uma das mais tristes
regiões do mundo: o
Oriente Médio.
O filme, que concorre ao
Leão de Ouro, procura, na
estética e na história, puxar um fio de esperança
em meio à dureza.
A produção parte de livro de Rula Jebreal, jornalista de TV palestina que
trabalha na Itália. A história começa em Jerusalém,
em 1948, e acompanha
três gerações de mulheres.
"Misturei fatos e pessoas, mas tudo é verdade",
diz Jebreal. "Não há espaço para a imaginação no
Oriente Médio. Você só
consegue falar do que viu
passar à frente dos olhos."
O que os olhos de Jebreal jamais apagaram foi
a história de Hind Husseinin (Hiam Abbass), que
criou um orfanato para
crianças palestinas.
Miral é a menina que, ao
crescer, vai trabalhar com
refugiados e é confrontada
com a pergunta: qual o caminho para a paz? Armas
ou educação? Schnabel
não quis dar lições políticas, e sim contar uma história inspiradora.
(APS)
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