São Paulo, sábado, 03 de setembro de 2011

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MAC Niterói festeja 15 anos com Krajcberg

Mostra fica até outubro no museu, que recebe mais visitantes devido ao prédio de Niemeyer que por seu acervo

Pesquisas do museu mostram que a maioria da pessoas visita o local por causa do prédio e da bela vista para a baía


MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO

"Lembro quando fui ver o local", escreveu Niemeyer no texto em que narra a gênese do Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói.
"O mar, as montanhas do Rio, uma paisagem magnífica que eu devia preservar. E subi com o edifício, adotando a forma circular."
Graças a seu desenho e a sua localização, o MAC Niterói (RJ) -que celebra agora 15 anos de sua inauguração com uma exposição de Frans Krajcberg- tornou-se uma das obras mais conhecidas do arquiteto e um dos mais reconhecíveis museus do país.
Suas coleções de arte, no entanto, são bem menos conhecidas do público geral.
Pesquisas do próprio museu indicam que a grande maioria dos visitantes vai até lá por causa do prédio. "Nunca me incomodei com isso. É uma sorte ter um museu com uma boa coleção e uma boa arquitetura", diz Guilherme Bueno, 35, diretor geral do MAC desde 2009.
"São menos antagônicos do que complementares, o prédio é parte do acervo."
A maior parte das obras do museu vem da coleção Sattamini (cedida em comodato), que tem peças de Cildo Meireles, Hélio Oiticica e Rubens Gerchman, entre outros.
O próprio MAC, no entanto, as exibe de forma limitada -com exceção de seu primeiro ano, quando apenas o acervo esteve em exibição, entre 1997 e 2008 não houve mostra de longa duração com a coleção Sattamini.

VISITAÇÃO
A partir de 2009, o segundo andar do museu (que não tem vista para a baía) passou a ser dedicado à coleção, mas o espaço permite expor pouco mais de uma centena de obras por vez -as duas coleções do MAC, somadas, têm mais de 2.000 peças.
Apesar do número de visitantes estar em queda no último biênio, ele segue acima de 120 mil pessoas por ano, número muito superior à média dos museus nacionais -o MAC de SP, por exemplo, recebeu 76.317 em 2010.
E, mesmo quando suas exposições não inspiram o público a entrar, a parte aberta do museu, de acesso livre e gratuito, segue firme como point para fotos de casamento, debutantes e formaturas.
"O museu colocou Niterói no mapa do turismo. Muita gente vai lá para ver o prédio e a vista, mas não acho que isso concorre com as exposições. Poucos museus têm uma coleção contemporânea como o MAC", diz o arquiteto e designer Ricardo Ohtake.

FRANS KRAJCBERG
QUANDO de ter. a dom., das 10h às 18h; até 23/10
ONDE Museu de Arte Contemporânea de Niterói (Mirante da Boa Viagem, s/nº, Niterói, RJ; tel.: 0/xx/21/2620-2400)
QUANTO R$ 5 (grátis às quartas)
CLASSIFICAÇÃO livre




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