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Enterro seria às 16h de ontem no Cemitério da Paz, no Morumbi
Thales Pan Chacon morre aos
41 em decorrência da Aids
da Reportagem Local
O ator Thales Pan Chacon
morreu às 4h05 de ontem, aos 41
anos, de parada respiratória em
decorrência da Aids, na sua casa
em Higienópolis (região central
de São Paulo).
Segundo a irmã do ator, Silvia
Pan Chacon Liberman, ele era
portador do vírus HIV havia dez
anos. "O Thales tinha Aids havia pouco mais de dez anos. Nos
últimos sete, oito meses, ele piorou. É isso", disse.
O corpo chegou ao Cemitério
da Paz, no Morumbi (zona sudoeste de SP), às 7h45, para o velório. O enterro estava previsto
para as 16h de ontem.
Pan Chacon não foi levado para o hospital por decisão da família. "A gente queria intimidade. Ele era alguém que preservava muito sua privacidade. Achava que seus problemas diziam
respeito à pessoa, não ao ator",
afirmou.
A última participação de Pan
Chacon em novelas foi em "Os
Ossos do Barão", do SBT, exibida até o início de setembro. Ele
interpretava o advogado Otávio,
filho do banqueiro Cândido
(Rubens de Falco)
Segundo assessores da emissora, as gravações de suas cenas na
novela -que aconteceram até
abril de 97- precisavam ser interrompidas constantemente
para que ele pudesse descansar.
Em novembro de 93, o ator ficou cerca de 15 dias internado na
UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Oswaldo Cruz,
em São Paulo, por causa de uma
pneumonia. Na época, ele fazia
parte do elenco da novela "Olho
por Olho", da Rede Globo.
Atualmente, Pan Chacon trabalhava na montagem para teatro de "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa. "Ele
já estava ensaiando. Até que começou a ficar mal e teve que parar tudo", afirmou Silvia.
Este ano, o ator também participou do filme "La Serva Padrona", baseada na ópera bufa de
Giovanni Pergolesi (1710-1736),
com direção de Carla Camurati,
sua ex-mulher. No filme -que
ainda não estreou-, Chacon
interpreta um mudo.
Carreira
O ator começou sua carreira
no início dos anos 80, com um
papel no musical "A Chorus Line", em que contracenava com
Cláudia Raia.
Conheceu a atriz e cineasta
Carla Camurati, que viria a ser
sua mulher, durante a montagem de "Drácula", no teatro
Procópio Ferreira.
No cinema, teve seu papel de
maior destaque em "Eu Sei que
Vou Te Amar", filme de Arnaldo Jabor, com Fernanda Torres.
Na Rede Globo, participou
ainda das novelas "Fera Radical", de 88, e "Meu Bem Meu
Mal", de 91.
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