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TELEVISÃO
Crítica
Cafonices fazem "Sex and the City - O Filme" regredir
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Reencontrar "Sex and the
City - O Filme" (HBO, 21h, 16
anos) é como rever um amigo
que não vemos há tempo. Algo
permanece do passado e aflora
à nossa memória, mas outras
coisas transformam-se, provocam estranhamento.
É o mesmo e é outro. A passagem dos episódios de TV para filme aqui não é traumática,
talvez por a série ser recente. O
filme apenas dá continuidade à
saga das moças, Sarah Jessica
Parker à frente, de mulheres livres às voltas com as contradições do desejo liberado, do
consumo, do trabalho e suas
ambições. Às voltas, até, com a
mitologia de Nova York.
Mas, perdão, o tempo passou. Uma está casada. A outra
adotou um filho. E Sarah Jessica acerta os ponteiros com Mr.
Big. Tudo se acenta, tudo gira
em torno de casar. Tudo regride, salvo as cafonices que, na
série, suportam-se em nome de
outras buscas, aqui obliteradas.
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