São Paulo, segunda-feira, 03 de outubro de 2011

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Santoro faz maratona de estreias nas telas

Aos 36 anos, ator estrela os longas nacionais "Meu País", que será lançado na sexta, "Heleno" e "Reis e Ratos"

"Cansado", ele faz um dos protagonistas da estreia na direção de André Ristum, em disputa em Brasília

AMANDA QUEIRÓS
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

Da última vez que participou do Festival de Brasília, em 2000, Rodrigo Santoro foi recebido por uma chuva de vaias. Na época, ele era apenas o garotão de novelas globais que entrara onde não era bem-vindo: o cinema.
Saiu, no entanto, ovacionado como melhor ator pelo papel em "Bicho de Sete Cabeças", de Laís Bodanzky.
Mais de dez anos depois, com uma carreira consolidada dentro e fora do Brasil, o galã retornou a esse mesmo lugar como protagonista de "Meu País", filme de André Ristum que disputa o prêmio de melhor longa do festival.
Esta é só uma das cinco escalas que Santoro tem feito na maratona de divulgação do título, que chega aos cinemas na sexta. "Não vê como estou cansado?", pergunta à repórter, sorrindo e apontando para as olheiras.
Apesar da queixa, ele não consegue parar. O corre-corre virou rotina. Em 2010 e 2011, o ator de 36 anos rodou um filme atrás do outro. O resultado começa a aparecer.
Além de "Meu País", ele está em "Reis e Ratos", de Mauro Lima, selecionado para o Festival do Rio, que começa no próximo dia 6.
A lista inclui ainda o já elogiado "Heleno", exibido no mês passado no Festival de Toronto. Dirigido por José Henrique Fonseca, o filme representa um novo passo para Santoro.
Nele, além de interpretar o jogador Heleno de Freitas (1920-1959), o ator assumiu pela primeira vez também a função de produtor.
"Foi um trabalho árduo, porque eu também estava atuando. Mas recomendo aos atores, porque você entende o processo de feitura de um filme de outra forma", afirmou ele à Folha.
Santoro decidiu tomar as rédeas do projeto em um momento de dificuldade na captação de recursos, quando percebeu que seu nome poderia ajudar o filme, cuja previsão de estreia está para o primeiro semestre de 2012.
Apesar de afirmar ter gostado da experiência, o ator não prevê repeti-la em breve. Também não tem planos de ir para trás das câmeras. "Não vou dizer que nunca farei, mas é que o trabalho de ator tem me ocupado bastante, ainda estou entusiasmado."
Santoro percebe o bom momento do cinema brasileiro a partir dos roteiros que tem recebido. Muitos são de diretores estreantes e de lugares fora do eixo Rio-São Paulo.
A forte presença do ator nas produções nacionais não tem freado seu trânsito em Hollywood.
Atualmente, integra ao menos cinco projetos estrangeiros, além de outros tantos ainda em fase de negociação.
"Normalmente esse é um processo muito demorado", diz Santoro.
A jornalista AMANDA QUEIRÓS viajou a convite do festival.



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