São Paulo, quarta-feira, 03 de novembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILMES

Matilda
Globo, 15h45.
   
(Matilda). EUA, 1996, 93 min. Direção: Danny DeVito. Com Mara Wilson, Danny DeVito, Rhea Perlman, Embeth Davidtz. Matilda (Wilson) é uma garota superdotada cercada por pais opressivos e cretinos (DeVito e Perlman) e por uma diretora de escola monstruosa. Só encontra apoio em uma professora (Davidtz). Adaptação de livro de Roald Dahl, excelente e subversivo escritor, por DeVito, um cineasta que foge à imbecilidade generalizada do cinema americano atual.

Intercine
Globo, 1h55.

Na quarta passa o preferido dos espectadores eleitores, entre "Trama Macabra" (1976, de Alfred Hitchcock, com Karen Black, Barbara Harris) e "O Abrigo" (1997, de Scott Paulin, com John Allen Nelson, Peter Onorati).

Gummo - Realidade Perversa
SBT, 2h25.
  
(Gummo). EUA, 1997, 89 min. Direção: Harmony Korine. Com Linda Manz, Jacob Reynolds. A vida de um grupo de jovens em pequena cidade que nunca se recuperou do furacão que a atingiu. Estréia na direção de Korine, roteirista de "Kids". Só para São Paulo.

Nosso Pônei Selvagem
SBT, 4h.
 
(Ride a Wild Pony). EUA, 1976, 90 min. Direção: Don Chaffey. Com Michael Craig, John Meillon. Menino perde seu pônei selvagem, que foge e vai parar na fazenda de uma menina rica, que também se apaixona pelo animal. De quem seria o pônei, afinal? Fantasia Disney em horário inacreditável. Só para São Paulo.

Mustang Selvagem
Globo, 4h.
 
(Mustang Country). EUA, 1976, 79 min. Direção: John Champion. Com Joel McCrea, Robert Fuller. Antigo astro de rodeio tenta, com a ajuda de um jovem índio, domar um cavalo selvagem que tem fugido com persistência de todos os caçadores. Faroeste que marcou o retorno de McCrea ao cinema, após 14 anos. (IA)

Cultura não é enfeite

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Uma das chanchadas mais interessantes feitas nos anos 50 é "Depois Eu Conto" (Canal Brasil, 12h30). O mais evidente é o grupo de atores de primeira linha: Anselmo Duarte, Grande Otelo, Dercy Gonçalves à frente (mais há ainda a histórica Déa Selva, Heloísa Helena, Rodolfo Arena etc.).
Estamos às voltas com um belo argumento: a história do funcionário de um posto de gasolina que pega os carros deixados ali para lavar e se faz passar por um ricaço expressa muito do carioquismo dos anos 50.
Mas José Carlos Burle sabe criar não apenas uma tensão forte de classes sociais como entre os costumes da favela e do asfalto. É um filme útil para compreender o Rio de hoje. Ou, ao menos, para começarmos a admitir que a cultura não é um adorno da sala.


Texto Anterior: Astrologia
Próximo Texto: José Simão: Buemba! Americanos votam na Fátima Bernardes!
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.