São Paulo, quinta-feira, 03 de novembro de 2005

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CINEMA

"Left Behind" foi exibido em 3.200 igrejas dos EUA

Hollywood amplia investimento no mercado de filmes evangélicos

DA REPORTAGEM LOCAL

A Sony deu um passo firme em seu investimento no mercado evangélico nesta semana com o lançamento do DVD "Left Behind: World at War", terceiro de uma série sobre o fim dos dias, mas o primeiro com um orçamento polpudo: US$ 10 milhões (cerca de R$ 22,5 milhões). Com um devoto e uma mensagem missionária, o filme foi exibido no mês passado em 3.200 igrejas, perante uma modesta taxa de projeção de US$ 100 (R$ 225) por local.
Benjamin S. Feingold, presidente da Sony Pictures Home Entertainment, afirma que os esforços de marketing da empresa foram compatíveis com a expectativa de lucro. A Sony enviou 600 mil DVDs do filme para a cadeia de supermercados Wal-Mart na semana passada, e Feingold disse que considerou as primeira vendas significativas.
No entanto, o produtor do filme, Peter Lalonde, disse que o investimento em marketing feito pela Sony foi tímido diante do potencial do mercado. "O orçamento foi compatível com um lançamento direto em vídeo. Mas o filme é mais do que isso, é um fenômeno. Ficamos estrangulados aí", reclamou o produtor.
As duas primeiras partes da série "Left Behind", que é baseada nos livros do reverendo Tim LaHaye, venderam respectivamente 3 milhões e 2 milhões de cópias.
Na nova produção, o veterano ator Louis Gossett Jr. faz o papel do presidente dos Estados Unidos Gerald Fitzhugh, que se tornou escravo do Anticristo, personificado por Nicolae, um magnata de ar russo. Nessa conjuntura, o cristianismo foi banido, e os cristãos, clandestinos, combatem o mal com oração e fé. Quando Nicolae começa a Terceira Guerra Mundial, com ataques nucleares e armas biológicas, o presidente vê seus erros e se volta para Jesus.
Feingold disse que planeja fazer dois outros filmes do gênero no ano que vem, além de continuar com a série. Lalonde, no entanto, afirma que não sabe se vai continuar o projeto com a Sony.
"Vamos fazer outro filme. Você poderia me perguntar se vamos financiá-lo ou retomar a distribuição. Eu digo: nossa posição tem sido a de construir nossos próprios sistemas de distribuição e financiamento. Só falta uma coisa: capital para valer."


Com o "New York Times"


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