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CINEMA
Fundo vai lançar em Berlim nova distribuidora de filmes
DA REPORTAGEM LOCAL
O cinema brasileiro ainda
não consolidou a conquista
de seu próprio mercado, mas
os gestores do Funcine [Fundo de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional] Rio Bravo acham que
já é hora de "atacar" outros
territórios.
O fundo prepara para lançar em fevereiro, durante o
Festival de Berlim, uma distribuidora de títulos brasileiros no mercado internacional. A empresa vai atuar na
pré-venda [contratos de distribuição feitos antes das filmagens], na venda e na co-produção de filmes, como informa Thierry Peronne, gestor do Rio Bravo.
Como impulso extra ao
anúncio da distribuidora, Peronne espera obter em Berlim a seleção de "O Ano em
que Meus Pais Saíram de Férias", de Cao Hamburger, para a disputa pelo Leão de Ouro, prêmio máximo da mostra. "Vamos lutar pela competição. O filme merece."
"O Ano em que Meus Pais
Saíram de Férias", que estreou ontem no Brasil, com
orçamento próximo dos R$ 5
milhões, é o segundo filme a
chegar aos cinemas tendo investimentos do Funcine.
O primeiro foi "O Maior
Amor do Mundo", de Cacá
Diegues, com orçamento em
torno de R$ 9 milhões, cujo
resultado de público [na casa
dos 200 mil espectadores]
"foi decepcionante", como
afirma Peronne.
"O mercado como um todo
não está bom", diz o investidor, referindo-se à recente
tendência mundial de queda
de público em salas de cinema. No caso do longa de Diegues, Peronne espera equilibrar as contas com as vendas
internacionais do título, que,
segundo ele, têm "perspectivas muito boas".
A produção brasileira teve
pico de participação no mercado interno em 2003, com
21% do total de público. Desde então, a cifra decresce.
Para 2006, o Funcine Rio
Bravo analisa investimentos
da ordem de R$ 20 milhões,
em produção de filmes (há
seis em estudo) e também
em empresas de exibição.
(SA)
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