São Paulo, sexta-feira, 03 de novembro de 2006

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Tela de Jackson Pollock é mais cara da história, diz "NYT"

DA REPORTAGEM LOCAL

A tela "Nº 5, 1948", do norte-americano Jackson Pollock, foi vendida por cerca de US$ 140 milhões, informou ontem o jornal "The New York Times". Se confirmada, a cifra faz do quadro (de 1,2 por 2,5 m) assinado pelo expressionista abstrato o mais caro da história. Até então, os US$ 135 milhões pagos pelo "Retrato de Adèle Bloch-Bauer", do austríaco Gustave Klimt, em junho passado, representavam o maior valor alcançado por uma pintura.
A publicação norte-americana obteve a informação com especialistas do mundo artístico, que apontaram o investidor mexicano David Martinez como o comprador. Procurado pela reportagem do "NYT", ele não comentou a aquisição.
Nos últimos anos, segundo o jornal, Martinez tem despontado como uma das figuras mais proeminentes do mercado das artes, arrematando obras de Rothko, De Kooning e outros.
"Nº 5, 1948" era até então propriedade do magnata da indústria do entretenimento David Geffen. A quantia obtida com a venda da tela se soma aos US$ 143,5 milhões obtidos por ele no mês passado, ao negociar quadros de Jasper Johns e De Kooning. Com o montante, especula-se que ele esteja se preparando para comprar o diário "Los Angeles Times".
No ranking dos mais caros agora encabeçado por "Nº 5, 1948", o quadro "Garçon à la Pipe", de Pablo Picasso, aparece na terceira posição. O quarto lugar também é do artista espanhol: o retrato "Dora Maar au Chat", arrematado por US$ 95,2 milhões em maio deste ano.
Influenciado pela escola surrealista e pelos muralistas mexicanos, Pollock ganhou fama a partir da metade da década de 1940, ao usar instrumentos alternativos ao pincel no manuseio da tinta e abrir mão do princípio de composição, assinando trabalhos em que não era possível identificar pontos de ênfase.


Com agências internacionais

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