São Paulo, sexta-feira, 03 de dezembro de 2004

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FILMES

Orca, a Baleia Assassina
Globo, 15h40.
  
(Orca). EUA, 1977, 89 min. Direção: Michael Anderson. Com Richard Harris, Charlotte Rampling, Will Sampson. Quase uma Moby Dick, baleia orca cuja fêmea foi morta por um caçador procura-o pelos sete mares para se vingar.

Cães de Caça
Record, 21h45.
  
(Dog Soldiers). EUA, 2002. Direção: Neil Marshall. Com Sean Pertwee, Kevin McKidd. Militares são enviados para um exercício de treinamento numa floresta na Escócia. Porém o exercício acaba se tornando um pesadelo para o sargento Wells e sua equipe. Durante o treinamento, após um estranho incidente, eles acham um acampamento vazio e cheio de pedaços de corpos.

Space Jam - O Jogo do Século
SBT, 22h30.
  
(Space Jam). EUA, 1996, 87 min. Direção: Joe Pytka. Com Michael Jordan, Bill Murray. Pernalonga e os Looney Toons são ameaçados por alienígenas que querem levá-los como escravos para o espaço. Pernalonga propõe resolver a parada num jogo de basquete, com a ajuda de Michael Jordan e amigos.

Intercine
Globo, 1h40.

As opções para o espectador são o filme de gângster "Ajuste Final" (1990, de Joel Coen, com Albert Finney, Gabriel Byrne, Marcia Gay Harden) e a comédia "Um Sonho sem Limites" (1995, de Gus van Sant, com Nicole Kidman, Matt Dillon, Joaquin Phoenix).

Desejo Proibido
Bandeirantes, 2h15.
  
(If These Walls Could Talk 2). EUA, 2000, 95 min. Direção: Jane Anderson, Martha Coolidge, Anne Heche. Com Vanessa Redgrave, Marian Seldes, Paul Giamatti. O homossexualismo feminino em três diferentes épocas, dos anos 60 aos dias atuais. Se há um ditado (machista, claro) que diz "mulher no volante, perigo constante", o que dizer então de três na direção de um filme. A conferir.

Paixão Eterna
SBT, 3h30.
  
(Made in Heaven). EUA, 1987, 100 min. Direção: Alan Rudolph. Com Timothy Hutton, Kelly McGillis, Maureen Stapleton, Mare Winningham. A velha história de casal (Hutton e McGillis) separado sob a força dos acontecimentos. A diferença é que ele é um recém-morto enquanto ela está em vias de voltar para o mundo dos vivos, aqui na Terra. Somente para SP.

O Entardecer de uma Estrela
Globo, 3h40.
 
(The Evening Star). EUA, 1996, 128 min. Direção: Robert Harling. Com Shirley MacLaine, Bill Paxton, Juliette Lewis, Miranda Richardson, Jack Nicholson. Seqüência de "Laços de Ternura", com MacLaine assumindo a educação de seus três netos, um deles preso por porte de drogas. O elenco é bom, mas, enfim, falta drama na vidinha desta mulher. (PAULO SANTOS LIMA)

Chegou o dia de Godard

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Vamos anotando os horários. "Acossado" (1960, às 17h50), "Uma Mulher É uma Mulher" (1961, às 19h25), "Alphaville" (1965, às 21h) e "O Demônio das 11 Horas" (1965, às 22h50).
Em poucas palavras: o canal Telecine Classic teve um sobressalto, despertou e traz de enfiada quatro dos mais significativos filmes do francês Jean-Luc Godard.
Muitos dirão que Godard é um chato. Tudo bem, mas quem acha isso perca a esperança de um dia entender o que é cinema.
Ao menos de 1960 em diante as questões cinematográficas mais significativas passam por Godard.
Há aí o filme de gângster, o musical, a ficção científica, o filme de estrada. Quase todo o cinema revisto em quatro filmes.

DOCUMENTÁRIO

Filme mostra saga suntuosa de Zeffirelli

IRINEU FRANCO PERPETUO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

De Cristo a Callas, passando pelo mais célebre casal enamorado de Shakespeare, o cineasta italiano Franco Zeffirelli, 81, sempre se interessou pelas grandes paixões, retratadas por ele com um misto de grandiloqüência, indulgência e apelo para o grande público. Nada mais fiel ao seu espírito, portanto, que o documentário "Franco Zeffirelli, um Ritmo Mágico de Vida" (2004), transmitido pelo Eurochannel, que tem sobre o diretor um olhar análogo ao que ele lança sobre os temas que aborda.
Produzido pela Rai Trade, a direção é de Sandro Lai, 66, que tem feito afetuosos documentários sobre figuras históricas do cinema italiano, como Bernardo Bertolucci e Anna Magnani.
O eixo do filme é um depoimento de Zeffirelli, intercalado com outras entrevistas concedidas pelo diretor ao longo de sua prolífica carreira para a televisão e cinejornais. O foco é o cinema (desfilam pela tela Luchino Visconti, Elizabeth Taylor e Richard Burton, entre outros), mas a atuação de Zeffirelli como diretor teatral e de ópera também é detalhada.
No teatro lírico, é interessante ver como Zeffirelli construiu o tipo de concepção luxuosa, monumentalista e quase carnavalesca que caracteriza suas produções. Grande lição é a meticulosidade com que ele dirige cantores; contudo, se as imagens de arquivo são ricas, o didatismo escasseia -se você não conseguir reconhecer, por exemplo, Plácido Domingo e Luciano Pavarotti, não haverá nenhuma legenda para lhe contar que eles estão ali.
Como o tom do filme é laudatório, não vale a pena nem sintonizar a TV no Eurochannel se você tiver restrições ao sentimentalismo cristão flertando com o "kitsch" que marca a estética de Zeffirelli. Agora, quem verteu lágrimas com "O Campeão" (79), se enterneceu com "Romeu e Julieta" (68) e se comoveu com "Callas Forever" (2002) terá emoção assegurada com o filme de Lai.


FRANCO ZEFFIRELLI, UM RITMO MÁGICO DE VIDA. Quando: hoje, às 15h, no Eurochannel.


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