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TELEVISÃO
Crítica
"Coach Carter" mostra lado esquecido da América
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Coach Carter - Treino para a Vida" (TC Light, 22h; 12 anos) não é propriamente um
grande filme.
Mas as coisas que mostra
têm algo a dizer, e não é a toda
hora que se pode dizer isso dos
filmes que passam por aí.
Samuel L. Jackson é um técnico de basquete que vai dirigir
o time de um colégio de jovens
pobres. Ao fazê-lo, ele quebra a
tradição da escola, de passar a
mão na cabeça dos jogadores.
Em vez disso, assume o papel
de educador de que os professores haviam abdicado.
Inútil dizer, quase todos esses garotos são negros (assim
como o treinador), e o filme revela esse lado da América bem
esquecido pelo cinema contemporâneo.
Não é obra-prima. Quem as
procura achará às 19h55 no TC
Cult: é "A Marca da Maldade" (12 anos), o formidável filme de Orson Welles.
Ou então em "Quarto 666"
(TC Cult, 16h55; livre), documentário de Wim Wenders por
onde circulam alguns raros fazedores de obras-primas, como
Godard, Antonioni, Monte
Hellman.
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