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Crítica
"Patton" sintetiza a força da América
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O "verdadeiro" Patton nunca
conheceremos. Aquele que o
filme "Patton - Rebelde ou
Herói?" (TC Cult, 22h; 12
anos) nos apresenta é, desde o
plano de abertura, a própria
síntese da América, ou antes, da
força da América, dos Estados
Unidos.
Patton é inflexível no comando, pouquíssimo político, competitivo. Enfim, se é um dos
principais generais aliados durante a Segunda Guerra Mundial, não deve ter sido por causa
de sua simpatia.
Essa parte, a da simpatia,
corre por conta de George C.
Scott, o magnífico ator que ganhou (e rejeitou) um Oscar por
esse papel (era tão pouco político quanto Patton).
Por mais atrozes que sejam
as decisões de Patton, no olhar
de Scott existe sempre um brilho de inteligência, um brilho
benévolo (isto é, que visa a finalidade de vencer a guerra) que
nos leva a ficar com Patton.
O talento de Franklin J.
Schaffner, diretor, certamente
não atrapalha. E o de Francis
Ford Coppola, um dos roteiristas, para dar conta de tipos
complexos, também não.
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