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Indústria inicia nova rodada de ações
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO
Ao mesmo tempo em que alardeia uma queda de 20% no número de arquivos ilegais disponíveis
na internet, graças à onda de processos que move desde setembro
passado e também à popularização dos sites de venda on-line, a
Recording Industry Association
of America (RIAA) apertou ainda
mais o cerco contra os chamados
"file-sharers", isto é, os usuários
que trocam música pela rede sem
respeitar as leis de copyright.
A entidade, criada para defender os direitos das gravadoras
americanas, anunciou em março
a emissão de novas ações judiciais
que identificam o número IP (espécie de RG dos computadores na
internet) de 532 usuários que estariam trocando arquivos ilegais.
As informações estão sendo encaminhadas às gravadoras.
Na edição da última terça-feira,
o influente jornal britânico "Financial Times" criticou, em editorial, a atitude da RIAA, apoiada
pelas "majors": "Este jornal tem
sido crítico com a abordagem da
indústria sobre a pirataria on-line, particularmente sua estratégia
de processar fãs, alguns deles adolescentes, que estejam baixando
música de sites ilegais. (...) Nunca
foi uma boa idéia, já dissemos em
junho passado, atacar seus clientes. As empresas podem achá-los
difíceis, risíveis ou simplesmente
estúpidos -mas eles são os únicos clientes que elas têm".
Na Inglaterra, onde, estima-se,
92% dos "baixadores" de música
on-line usam serviços ilegais, a
British Phonograph Industry
(BPI) também ameaça iniciar
uma onda de processos. Por enquanto vai começar a enviar avisos para os usuários que estejam
distribuindo arquivos de graça.
Em declarações recentes, a International Federation of the Phonographics Industry (IFPI) reforçou que vai seguir a linha dos Estados Unidos no combate à pirataria on-line. Seus alvos principais: Europa, Ásia e Canadá.
No Brasil, em que, segundo pesquisa de fevereiro do Ibope/NetRatings, os usuários de banda
larga passam mais tempo conectados por dia (19h49min) que os
dos EUA (19h39min), processos
por download ilegal caminham a
lentos passos. O inimigo, ao menos por enquanto, ainda são depósitos de CDs piratas.
(DA e TN)
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