São Paulo, domingo, 04 de abril de 2004

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Indústria inicia nova rodada de ações

DA REPORTAGEM LOCAL

DA REDAÇÃO

Ao mesmo tempo em que alardeia uma queda de 20% no número de arquivos ilegais disponíveis na internet, graças à onda de processos que move desde setembro passado e também à popularização dos sites de venda on-line, a Recording Industry Association of America (RIAA) apertou ainda mais o cerco contra os chamados "file-sharers", isto é, os usuários que trocam música pela rede sem respeitar as leis de copyright.
A entidade, criada para defender os direitos das gravadoras americanas, anunciou em março a emissão de novas ações judiciais que identificam o número IP (espécie de RG dos computadores na internet) de 532 usuários que estariam trocando arquivos ilegais. As informações estão sendo encaminhadas às gravadoras.
Na edição da última terça-feira, o influente jornal britânico "Financial Times" criticou, em editorial, a atitude da RIAA, apoiada pelas "majors": "Este jornal tem sido crítico com a abordagem da indústria sobre a pirataria on-line, particularmente sua estratégia de processar fãs, alguns deles adolescentes, que estejam baixando música de sites ilegais. (...) Nunca foi uma boa idéia, já dissemos em junho passado, atacar seus clientes. As empresas podem achá-los difíceis, risíveis ou simplesmente estúpidos -mas eles são os únicos clientes que elas têm".
Na Inglaterra, onde, estima-se, 92% dos "baixadores" de música on-line usam serviços ilegais, a British Phonograph Industry (BPI) também ameaça iniciar uma onda de processos. Por enquanto vai começar a enviar avisos para os usuários que estejam distribuindo arquivos de graça.
Em declarações recentes, a International Federation of the Phonographics Industry (IFPI) reforçou que vai seguir a linha dos Estados Unidos no combate à pirataria on-line. Seus alvos principais: Europa, Ásia e Canadá.
No Brasil, em que, segundo pesquisa de fevereiro do Ibope/NetRatings, os usuários de banda larga passam mais tempo conectados por dia (19h49min) que os dos EUA (19h39min), processos por download ilegal caminham a lentos passos. O inimigo, ao menos por enquanto, ainda são depósitos de CDs piratas. (DA e TN)


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