São Paulo, quarta-feira, 04 de abril de 2007

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Crítica

Animação cria novo enfoque sobre a família

CRÍTICO DA FOLHA

Sutilmente, "A Família do Futuro" contrabandeia várias novidades ao enrijecido padrão Disney. Começando pela questão da adoção, que, aliás, não está presente em "A Day with Wilbur Robinson", livro de William Joyce que originou o roteiro. Até alguns anos atrás, não haveria possibilidade de Lewis, nosso herói órfão, terminar o filme sem reencontrar sua mãe verdadeira e perdoá-la. A família como algo que se constrói se sobrepõe à família como um dado natural. Não é pouco.
Lewis e seu amigo Wilbur Robinson passeiam pelo futuro e pelo passado pilotando uma máquina do tempo que poderia estar no mais moderno videogame. O futuro é lindamente "retrô". Todo seu visual é inspirado no design futurista dos anos 20 e 30, incrementado pela fantasia que só os filmes de animação podem ter.
Em vários sentidos, "A Família do Futuro" é um filme que recusa o ressentimento. Bonito e ágil, alcança uma emoção profunda, rara nos filmes infantis de hoje.
Se possível, vale a pena conferir a versão 3D, disponível apenas em duas salas (no Cinemark Eldorado, em SP, e no Kinoplex UCI NorteShopping, no Rio). É um grande barato.


A FAMÍLIA DO FUTURO
Produção:
EUA, 2007
Direção: Stephen J. Anderson
Quando: pré-estréia hoje; em cartaz amanhã no Eldorado, SP Market e circuito
Avaliação: bom


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