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Crítica
"Ben-Hur" traz diversão certa
para o domingo de Páscoa
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Qual é o filme certo para um
domingo de Páscoa? Não há outra resposta: "Ben-Hur"
(TCM, 15h30; 12 anos), claro.
Tudo se encaixa. Há um judeu
que se dá bem com os romanos,
é traído e mandado às galés.
Esse judeu e esses romanos
existem no século 1º, isto é, o de
Jesus Cristo. Ben-Hur vai remar um bocado, mas superará
essa fase difícil. Ele não é um
santo e buscará vingança. Mas
também não ignorará a passagem do Cristo pela Terra.
Temos, então, a passagem do
Velho ao Novo Testamento, do
judaísmo ao cristianismo, sem
contradições. A culpa dos males cai nas costas dos romanos.
E mais: a presença de Charlton Heston como Ben-Hur
também garante a passagem,
pois, ninguém esquece, foi ele o
Moisés de "Os Dez Mandamentos". E outra: é uma superprodução, espetacular, emocional, euforizante. Tudo o que
pede um domingo de Páscoa.
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