São Paulo, terça-feira, 04 de maio de 2010

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Crítica

John Woo segue trilha original em filme de ação

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

No cinema contemporâneo, perde-se com facilidade a memória, os heróis têm o passado apagado pelos mais diversos motivos e até os corpos podem se tornar completamente invisíveis. John Woo escolheu um caminho original para mencionar essa tendência: a da troca de rostos que se verifica em "A Outra Face" (Max Prime, 23h45; 14 anos).
Neste filme, um agente do FBI se submete a uma operação de troca de rosto, a fim de prender um terrível criminoso.
Um papel é de John Travolta, o outro de Nicolas Cage. Quem faz o agente e quem faz o criminoso? Não faz muita diferença, porque, no processo, o vilão se apossa do rosto e da identidade do herói.
Os dois homens trocam de lugar. O que o filme indica, nesta fábula fantástica, é que, talvez, todo homem seja assim mesmo, um ser dividido, com uma metade sombria e outra luminosa, trazendo o bem e o mal em si.
O filme é uma versão atualizada dessa dualidade, sobre a qual muito insistiram os filmes de Anthony Mann.



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