São Paulo, segunda, 4 de maio de 1998

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É como ver meu pai, diz Gould

da Redação

Ator frequente dos filmes de Robert Altman, Elliott Gould responde rápido por que aceitou participar de um filme brasileiro: "Já filmei no norte da África. Aventura para mim é atravessar a rua".
Com um "kipá" (solidéu) na cabeça, entre uma cena e outra, ele contou à Folha que se identificou plenamente com seu personagem, um judeu foragido da Lituânia que se muda para o Brasil:
"Eu também sou judeu. É como se visse meu pai e eu. O roteiro é muito bonito", afirmou o ator, que esteve pela primeira vez no Brasil no ano passado, no 25º Festival de Cinema de Gramado.
Nova-iorquino, tem um filho que é ator e diretor, de seu casamento com Barbra Streisand. Entre seus papéis de destaque, despontam "M*A*S*H", "Nashville" e "O Jogador", todos dirigidos por Altman.
Além de Gould, "Um Sonho no Caroço do Abacate" apresenta Talia Shire, imortalizada no papel de mulher do lutador Rocky Balboa, na série de filmes estrelados por Sylvester Stallone.
"Meu irmão, Francis Ford Coppola, esteve no Brasil recentemente. Ele ama aqui. Eu também estou adorando", disse à Folha. Outro papel de destaque em sua carreira foi no clássico "O Poderoso Chefão", sob direção do irmão.
"Está sendo difícil trabalhar no filme do Amberg. Faço uma mulher judia muito sofrida." Ainda sobre o Brasil, dispara: "É preciso acabar com estes rótulos de "primeiro, terceiro mundo'. Somos todos da América". (ES)



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