|
Texto Anterior | Índice
ILUSTRADA
Antonio Carlos Secchin é eleito para a ABL
DA SUCURSAL DO RIO
O poeta, professor e crítico literário Antonio Carlos Secchin derrotou a arqueóloga e geóloga Maria Beltrão por 25 votos a 12 (com
um voto em branco) e se tornou o
novo imortal da Academia Brasileira de Letras. Secchin ocupará a
cadeira 19, vaga desde a morte de
Marcos Almir Madeira.
"Acho que eu sou um continuador da presença universitária na
ABL. Alceu Amoroso Lima e
Afrânio Coutinho foram catedráticos da UFRJ que depois se tornaram imortais. Eu sigo essa linha", disse Secchin, 51, o mais jovem dos acadêmicos.
"É uma sinalização de que pessoas de 50 anos também podem
aspirar à Academia", completou.
Secchin estreou como poeta em
1973, com o livro "Ária de Estação". Três anos depois, foi incluído na histórica antologia "26 Poetas Hoje". Sua obra poética foi
reunida em 2002 no livro "Todos
Os Ventos".
Como crítico, escreveu obras
como "Poesia e Desordem" e
"João Cabral: A Poesia do Menos". É também dele o "Guia dos
Sebos", que mapeia os sebos existentes em 14 capitais do país.
A votação de ontem foi o segundo turno da eleição. Em 4 de março, Secchin e Beltrão tinham sido
os mais votados numa disputa
que envolveu mais candidatos e
passou por quatro escrutínios. No
último, Secchin ficou com 15 votos e Beltrão, com 14. Como nenhum atingiu os 19, precisaram
concorrer novamente.
Texto Anterior: Escritor se prepara para viagem ao Brasil com "guia" Índice
|