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Crítica
Keira Knightley esbanja encanto em filme de época
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Os nomes com dois conceitos
unidos pela preposição "e" têm
um encanto certo, não importa
o que possam nos dizer esses
conceitos. Nesse sentido, "Orguho e Preconceito" (TC Pipoca, 16h10) não é diferente,
por exemplo, de "Pompa e Circunstância", a música.
Mas pode haver outros encantos nessas remissões do cinema inglês ao passado. Aqui
voltamos ao fim do século 18,
onde a remediada Keira Knightley entreterá um complexo jogo amoroso com o esnobe Matthew MacFadyen. E é difícil
não se encantar com os modos
e a beleza de Knightley.
A beleza é sempre um trunfo
do pobre (ou remediado), mas
é preciso empregá-la sabiamente para que propicie casamentos vantajosos e, ainda assim, com amor. Porque essa é a
questão: conciliar vontades externas, conveniências e paixão.
À sabedoria do burguês remediado deve-se somar aqui
uma sabedoria da mulher, sobretudo. Ah, e não esquecer, o
encanto. Isso Keira Knightley
esbanja neste filme de Joe
Wright.
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