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Masp diz que vazamento é culpa da prefeitura
Segundo museu, infiltração no viaduto do Chá levou à paralisação das reformas
De acordo com Masp Centro, é dever da prefeitura consertar vazamento no viaduto que passa por cima da Prestes Maia para viabilizar obras
DA REPORTAGEM LOCAL
O Masp é contrário à instalação da Coleção de Arte da Cidade, como quer a prefeitura, na
galeria Prestes Maia. Também
afirma que não concluiu as
obras que começou em 2004
por causa das infiltrações no
espaço, agravadas por vazamentos no viaduto do Chá, que
caberia à prefeitura consertar.
Segundo sua assessoria de
imprensa, o museu comunicou
o problema à prefeitura em
dois ofícios, datados de junho e
dezembro de 2007.
É esse, segundo o Masp, o
maior motivo para suspender a
instalação na galeria do Instituto Brasil de Arte e Moda, uma
parceria do Masp com a Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção (Abit).
O escritório do arquiteto Júlio Neves, ex-presidente do
Masp, projetou e começou a
construir salas de aula e um auditório de cem lugares na Prestes Maia, mas parou as obras da
reforma, segundo Celso Vieira,
administrador do Masp Centro, por causa dos vazamentos.
De acordo com sua assessoria, o Masp investiu R$ 5,7 milhões -R$ 3,5 milhões captados via Lei Rouanet- nessa reforma, que incluiu a instalação
de dutos de ar-condicionado,
dois elevadores e reparos elétricos e hidráulicos no imóvel.
Vieira também ressalta que
foram refeitos os banheiros da
galeria e reparos no revestimento de mármore dos pilares
de sustentação, danificados, segundo ele, pela ocupação do espaço por órgãos públicos até a
gestão do prefeito Paulo Maluf.
Em resposta à reclamação da
prefeitura de que as obras foram conduzidas sem permissão
de responsáveis pela defesa do
patrimônio histórico, o Masp
diz que as reformas foram
aprovadas pelo Conpresp, órgão municipal, e do Condephaat, estadual, em 2002.
Segundo a Abit, as aulas da
escola de moda, enquanto não
ficasse pronta a adequação da
galeria, aconteceram na Faap,
por meio de uma parceria entre
Abit e Faap, que, segundo a faculdade, já deixou de existir.
Masp e Abit também dizem
não querer entregar à prefeitura toda a infra-estrutura que já
conseguiram instalar na galeria
Prestes Maia.
(SILAS MARTÍ)
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