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ERIKA PALOMINO
Silvia Boriello
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Ives Kolling (Patachou) |
MODELOS: A COMISSÃO DE FRENTE DA MODA
As modelos são a alma do negócio. Apaixonam stylists e estilistas, interpretando as roupas. A magia começa nos castings, quando elas são primeiro
vistas, para ter a explosão na
passarela. Tops se consagram,
quase sempre abrindo os desfiles. As favoritas: Raquel Zimmerman, top internacional em
momento memorável, abriu
Rosa Chá, Iódice e Forum.
Jeísa encantou todos na Triton e Sommer, romântica. Michelle Alves, que mulherão!,
abriu para Lino Villaventura e
Reinaldo Lourenço. Ives Kolling veio linda, introduzindo a
Patachou e os looks de Alexandre Herchcovitch.
Dentre as revelações, a menina que está encantando a mídia (e esta colunista, em especial) é Carol Francisquini, 14
anos, seis meses de profissão.
Ela pegou 16 desfiles e abriu,
até aqui, o desfile (masculino!)
de Maxime Perelmuter.
Carol é de Valinhos e venceu
o concurso da agência Mega
em 2002. "Ela é a nova Amanda Moore", empolga-se Giovanni Bianco. "Ela é a nova Isabelli Fontana", apaixona-se
Jackson Araujo.
Ela é tudo, digo eu. Com seu
ar adolescente, parece sempre
que vai rir de tudo a qualquer
instante. Afirma que gosta de
jogar bola, ver televisão e comer (só pesa 51 kg, com seus
1,77 m). Na loucura da São
Paulo Fashion Week, acorda às
6h e dorme às 2h. "Mas é dessa
correria de que eu mais gosto",
diz, linda.
FORMA E PROPORÇÃO LEVAM AO ÚNICO
Forma e proporção. São duas
das principais chaves da moda
hoje. Alexandre Herchcovitch e
Reinaldo Lourenço avançam
nesses aspectos, dentro da superquarta, dia de nomes importantes da São Paulo Fashion
Week, que teve também os medalhões Forum e Zoomp. Reinaldo Lourenço batiza sua coleção de "Hip Hop e Roses", as
duas principais idéias de seu verão. É o flerte mais expressivo
do estilista com o esportivo, e a
linguagem do estilo americano
atende ao desejo pelos sinais
vindos das ruas. Mas o mais expressivo são os vestidos batizados de "palitos", em tressê. Não
têm costura, vêm com rebites e
ilhoses. A imbricada construção desafia o olhar e seduz.
Da mesma maneira, a explosão
multicolorida dos vestidos finais em chita de Alexandre
Herchcovitch confunde a vista,
dilatando as pupilas. No corpo
das modelos, acompanham os
desenhos dos quadris e ganham
movimento com a maestria do
corte e da modelagem. No
jeans, o recorte ganha pespontos em fio dental, com rigor na
costura e cheiro de menta, prática do estilista desde sua adolescência que chega a 2.000 peças nas lojas. Já os recortes de
patchwork lembram a ingenuidade e o acaso dos remendos
das festas juninas, na singeleza e
no delírio que a moda pede hoje
para rebater a realidade.
Em viagens estéticas, o exótico
se consagra. Como em Lino Villaventura e, de outra maneira,
na Zoomp. A marca de Renato
Kherlakian agora brinca de México, numa coleção mais corajosa e bem-sucedida. Não é preciso ter medo, os consumidores
percebem o cheiro do novo.
Querem o único.
palomino@uol.com.br
www.erikapalomino.com.br
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