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Steve Carell quer saída tranquila de "The Office"
Comediante confirma que nova temporada da série será sua última
"Pode ser bom mudar a dinâmica um pouco", diz o ator, que acredita que o programa ainda vai continuar sem ele
FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES
O pior chefe do mundo está deixando a empresa. Mas
certamente seus funcionários não ficarão felizes, ainda
que eles consigam manter
seus empregos em "The Office", que estreia nova temporada em setembro nos EUA
-no Brasil, a sexta temporada é exibida pelo canal FX.
Será a sétima e última com
o comediante Steve Carell,
cujo protagonista Michael
Scott, um líder egocêntrico e
folgado que gerencia, aos
trancos e barrancos, uma
empresa de venda de papel.
"Acho que tem de ser uma
saída suave", disse Carell a
um pequeno grupo de jornalistas em Los Angeles, do
qual a Folha fez parte. "O seriado é sobre um escritório na
Pensilvânia, pessoalmente
acho que tem de ser uma coisa simples."
"The Office", inspirado na
série original da BBC de
Ricky Gervais, vai ao ar nos
EUA desde 2005, com uma
das melhores audiências do
canal aberto NBC.
Carell, um dos comediantes mais populares do momento, ganhou fama com
"Todo Poderoso" (2003), ao
contracenar com Jim Carrey,
e ao estrelar "O Virgem de 40
Anos" (2005) e "Agente 86"
(2008), baseado no seriado
de sucesso dos anos 60.
Os filmes ajudaram a manter a popularidade de "The
Office", seriado que se finge
de documentário, registrando o dia-a-dia de um bando
de funcionários lunáticos.
Mas Carell diz ter certeza
que o "show vai continuar".
"Pode ser bom alterar a dinâmica um pouco", disse o ator
de 47 anos, ganhador de um
Globo de Ouro pelo seu trabalho na série.
"Para mim, simplesmente
deu certo. Não é questão de
negociar, queria cumprir
meu contrato. Mas agora é
hora de mudar."
Para o ator Oscar Nunez,
que faz o empregado gay Oscar, não há série sem Carell.
"O seriado deveria acabar,
está feito, foram sete anos",
disse o ator à Folha. "Acho
que os produtores estão atrás
de outro ator, alguém como
Paul Giamatti. Mas é um papel muito difícil."
IMPROVISADOR
Nunez divide com Carell
uma das cenas memoráveis
do seriado, quando Michael
Scott obriga Oscar a contar a
todos no escritório que é gay.
Para mostrar a naturalidade
do anúncio, o chefe ainda lhe
dá um beijo na boca.
A cena foi feita no improviso, como muitas de "The Office" e dos filmes de Carell, como gostam de salientar seus
colegas de sets de gravação.
O ator iniciou sua carreira
no teatro, depois de se mudar
para Chicago. "Sempre tive
metas na vida. Depois do teatro, pensei em outras. Achei
que, se conseguisse um comercial na TV, seria um cara
de sucesso", disse rindo,
lembrando-se de uma propaganda que fez para a rede
McDonald's quando tinha
cerca de 25 anos.
"Sou bastante cauteloso,
vivo como se nada tivesse
acontecido. Se daqui um ano
tudo acabar, vou continuar
sendo feliz."
Apesar da agenda cheia de
filmes, o ator pretende voltar
a fazer roteiros de cinema, o
que não acontece desde "O
Virgem de 40 Anos". "Quero
tirar um tempo para escrever,
tentar outros tipos de personagens e de filmes."
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