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Crítica
Viés humanista acompanha "Contatos..."
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Nos últimos anos, os filmes
de Steven Spielberg parecem
feitos um pouco no tapa, com
raras exceções, como se o seu
nome bastasse para garantir o
sucesso. E garante mesmo. Por
mais reservas que se possa ter
em relação a este ou àquele filme, o fato é que raramente alguém sai aborrecido da sala.
Mas, no tempo em que fazia
"Contatos Imediatos do Terceiro Grau" (TCM, 0h05; classificação indicativa não informada), em 1977, ele estava longe de se consagrar. Cada passo
parecia muito importante.
Tanto mais que invadia com
este filme o terreno da ficção
científica, numa linhagem particular, a dos ETs, com todas as
mitologias adjacentes (a Nasa
interessada no fenômeno etc.).
À parte o empenho, talvez
seja interessante notar, mais
que tudo, algo que, nos melhores e piores momentos sempre
acompanhou o diretor americano: a proposição de um mundo (ou mais de um) em que o
entendimento entre os seres se
imponha aos desentendimentos. Essa dimensão humanista
continua a acompanhá-lo.
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