|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Philip Glass faz som para instalação intimista
Concerto do compositor minimalista integra obra de Carlito Carvalhosa na Pinacoteca
EUCLIDES SANTOS MENDES
DE SÃO PAULO
Uma espiral formada por
uma alta e volumosa construção de tecido branco parece dançar durante o concerto
para piano de Philip Glass,
73, na Pinacoteca do Estado,
na última segunda-feira.
O músico norte-americano
executa os sons que embalam o movimento e dão sentido à instalação "A Soma dos
Dias", do artista plástico Carlito Carvalhosa.
"Philip Glass fez um programa de composições suas
para o trabalho. "A Soma dos
Dias" não ilustra a música dele, nem ele fez uma trilha para o trabalho, são coisas que
coexistem", diz Carvalhosa.
A instalação, que envolve
todo o espaço central da Pinacoteca, oferece um passeio
acústico e visual pelo ambiente do museu.
O piano de Glass dá o ritmo
do descortinamento de uma
"cegueira branca" que, discretamente, cede lugar ao
gesto de descoberta da potência sensível do visitante.
"A Soma dos Dias" faz parte do projeto Octógono Arte
Contemporânea e terá o
acompanhamento, em horários preestabelecidos, da música de Glass executada por
alunos da Tom Jobim - Escola
de Música do Estado de São
Paulo (www.emesp.org.br), acrescida pelo registro
dos sons no ambiente reproduzidos em alto-falantes.
"A cada dia, um novo registro sobrepõe-se ao do dia
anterior, incorporando-o. O
acúmulo desses registros, a
soma dos dias, constitui a
memória da experiência e da
passagem do trabalho pela
instituição", ressalta o curador-chefe Ivo Mesquita.
A SOMA DOS DIAS
QUANDO de ter. a dom., das 10h às
17h30; até 7/11
ONDE Pinacoteca do Estado de São
Paulo (praça da Luz, 2, Luz, tel.
3324-1000)
QUANTO R$ 3 a R$ 6; grátis aos
sábados
Texto Anterior: Raul Mourão cria esculturas pendulares Próximo Texto: Artes Visuais: Fajardo dá curso sobre fusão entre arte e natureza Índice
|