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'Prófugos' usa Chile como palco para narcotráfico
Com forte cor local, HBO produz seu sétimo seriado na América Latina
Mercenários do programa, que estreia hoje, refletem disputa política entre esquerda e
direita no país andino
ELISANGELA ROXO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um veterinário herdeiro de um cartel de drogas, dois mercenários e um policial infiltrado se
encontram, na série "Prófugos", para levar cocaína da Bolívia para o Chile.
É o narcotráfico que une os quatro protagonistas da nova produção da HBO -a sétima do canal
na América Latina e a primeira de ação feita fora dos Estados Unidos.
A história, repleta de tiros e explosões, começa como um "road movie".
"A viagem permite também o deslocamento psicológico dos personagens", explicou o diretor
chileno Pablo Larraín ("Tony Manero") em entrevista em São Paulo.
A geografia funciona quase como quinto personagem, desafiando os outros na missão de
transportar a droga.
Por ser uma produção chilena, a série carrega também o imaginário do país, marcado pela
disputa política entre esquerda e direita durante a ditadura de Augusto Pinochet, que foi de
1973 a 1990.
"Estamos há 20 anos tentando nos desconectar do conflito", afirmou Larraín.
A produção não se aprofunda na questão, mas a trata como mais um elemento dramático.
Os mercenários Mario Moreno (Luis Gnecco) e Oscar Salamanca (Francisco Reyes) são velhos
antagonistas, inspirados em personagens reais e comuns na história recente do país.
O primeiro, antes de prestar favores para o fictício cartel Ferragut (que faz a encomenda de
cocaína), era um tipo de colaborador do regime militar. O segundo é um ex-militante da luta
armada da esquerda.
"Os princípios de ambos foram esquecidos", explicou Reyes sobre os personagens.
NA TV
Prófugos
Estreia da série
QUANDO hoje, às 22h, na HBO
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
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