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NOITE ILUSTRADA - ERIKA PALOMINO
Tem algo de uó no reino das super-raves
DRAMA no universo das super-raves em São Paulo. E esta é uma informação que interessa a todo
mundo, já que o que tem de agência de publicidade prestando atenção nessa cena não é brincadeira. A
saber pela Fusion, no último sábado. Por onde começar? Talvez pela
falsificação de aproximadamente
3.000 ingressos, que deixou desesperado o simpático trio de produtores (no fim o evento se pagou;
corre por aí que a festa custou R$
90 mil; vale lembrar que a Fusion
acontece sem patrocínio). E o que
se comenta também é que se de um
lado é um tipo de evento que pode
dar dinheiro, por outro já tem gente deixando de ir porque é muito
grande e tem muito outsider (parece que tinha mesmo as 8.000 pessoas esperadas). O "vibe" não é o
mesmo e dispersa muito, garante
um top-raver. De fato, parece que
o programão da festa era passear
pelo mato e pular de bungee-jump
(Mau Mau fez salto duplo com
Adriana Recchi; Victor V-Rom foi
duas vezes...). Bom, queixas de insiders à parte (que sempre aparecem quando um procedimento se
torna mais popular; vide Hell's,
tecno, entre outros, né?), diz que a
festa estava bem montada, com
bom equipamento de som nas três
pistas (apesar de um retorno quebrado). Na de drum'n'bass deu babado: Marky Mark não apareceu e
quem apareceu, o carioca Calbuque, não conseguiu tocar. A pista
fechou, consta, por falta de público. Por que tirar o cara do Rio, então? Ficou feio. Pior foi o DJ (que
não merece nem ter o nome citado) que, NO MEIO DA PISTA,
ameaçou um dos produtores com
uma faca, diante da informação
que iria receber seu cachê durante
a semana. Queísso? Mas pior mesmo eram os caras que andam enchendo os clubbers de porrada, assim, sem motivo. Parece que eles
têm a barriga tatuada com a palavra "treta" . E a última vítima, dentro da própria rave em si, foi o DJ
Jason Bralli, que apanhou pencas
depois daquele clássico (e uó) diálogo: "O que que você tá olhando?". Nada, né? Não tava olhando
nada. Ah, sobre o som, diz que reinou o trance mesmo e que os brasileiros foram melhores do que os
gringos.
E diz que na nova edição da "Ministry" tem uma reportagem de
três páginas sobre a B.A.S.E, que
recebe na quinta em sua noite do
Cream o top DJ Dave Seaman.
Quem quiser pode tentar também
na sexta, no after-hour The Future,
onde ele toca a partir de 3h. E a
B.A.S.E também aparece no novo
disco de Nick Warren, gravado ao
vivo no clube. O povo animou e fez
um encarte lindo, com várias fotos
de São Paulo em si e dos clubbers
daqui. Entre eles, os DJs MC Gildo,
Julião e alguém que parece ser a estilista Estela Alcântara. Warren comenta: "Eles construíram o clube
numa sauna antiga, e as piscinas
ainda estão lá, cheias. Uma das pistas é dentro da velha sauna de madeira, é um lugar impressionante.
Fomos a alguns ótimos restaurantes e depois o Luis (Eurico), o dono
do clube, nos levou para a casa de
um amigo na praia. A floresta tropical chegava até a areia e um dos
melhores points de surf do mundo
era logo ali. Incrível."
CONFIRMOU. Confirmou Sasha
no Lov.e, dia 23 de setembro. O super DJ inglês (não a filha da Xuxa,
nem preciso dizer) volta ao Brasil
novamente pelas mãos do DJ agent
Rubinho Peterlongo (seu último
booking na B.A.S.E foi agora, o
The End). Junto com Angelo Leuzzi, a idéia de Rubinho é montar
também um selo Lov.e, que possa
segurar por aqui alguma coisa de
todo mundo que vier. Os clubbers
cariocas podem esperar Sasha dia
24, talvez no The Case, novo templo do tecno do Rio, que está reformando e deve reabrir dia 18 agora.
FALANDO nisso, você está pensando em ir ao Rio neste final de
semana? Guarda para o próximo,
que dia 12 tem festa do Fabinho
Demente. É a Salvation in Rio, versão brasileira da famosa noite de
Miami. Vai ser na Fundição Progresso, ocupando primeiro e segundo pisos. Vêm de lá também a
performática Power e o DJ Abel
(pronuncia-se êibel, não vai chamar errado). Adquira seu ingresso
na Foch (que fez desfile no Rio onde o stylist Daniel Ueda revolucionou e colocou somente um bofe de
cueca!) antecipado a 20 reais. E a
festa tem apoio também da "HX"
de Nova York, o maior guia gay da
cidade, distribuído gratuitamente,
você sabe.
E por falar nisso, a "rua das bichas", ali em Botafogo, não quer
mais ser chamada de "rua das bichas". Os donos dos estabelecimentos (bares e restaurantes pra lá
de friendly) acham o termo pejorativo. Parece que mandaram comunicado para a revista gay "Sui Generis" protestando, pedindo que,
doravante, a área seja denominada
na publicação de " Baixo Gay". É
pior, meu Deus! Em tempo: é tão
conhecida como rua das bichas
que eu nem lembro o nome dela de
verdade...
ENQUANTO isso, o kaiser gay da
noite do Rio, o Gilles, comemora
as filas da sua nova Le Boy, localizada agora num antigo cinema, ali
na histórica galeria do Mariuzin,
em Copacabana. E o que está todo
mundo adorando dizer é que o pé
direito é altíssimo. Sei. Mas o que
ninguém diz muito é que tem um
telão que sobe lá pelas tantas e vira
um bom de um dark-room. E conta a lenda que Gilles mandou até
trocar o calçadão da rua por peças
legitimamente portuguesas...
E na Semana Barrashopping de
Moda quem se consagrou foi o
modelo Zulu, aplaudidíssimo a cada entrada na passarela. Idem para
o DJ Mauro Borges, em sua performance no desfile da Salinas, que
encerrou o evento. Diz que foi assim: localizado numa espécie de
pódio sobre a entrada na sala,
Mauro deixou as fofas de boca
aberta, não acostumadas com seu
tradicional strip-tease. As loucas-por-Zulu tiravam fotos e gritavam,
nervosíssimas. Até os fotógrafos se
viraram 180 graus para registrar o
momento. O resto foi tudo festa, ao
som de hits da era dos patins, da
Disco e tal. E aqui em São Paulo
Mauro também fez uma coisa boa:
empregou o povo tombado pela
Special K, a estrela Léia Bastos incluída.
DA série novos talentos da moda.
A marca It's aciona a dobradinha
hype Telma Vilas Boas e Claudia
Guimarães, fotógrafa oficial desta
coluna, para seu novo catálogo,
com outra dobradinha hype: as
modelos Jeísa Chiminazzo e Fabiana Duarte. Por sua vez, Telma se
prepara para dois editoriais para a
"i-D", com o nosso stylist Cesar
Fassina (que já publicou também
na "Dazed & Confused"). Internacional! Chiques! O primeiro é sobre luxo (Luxo!) e deverá ser fotografado no Mato Grosso, com Ivan
Abujamra e Carla Durigan (da Elite). Novíssima, ela já está sendo
chamada de "a Marina Dias sem
tatuagem". Levado por Marcelo
Krasilcic (também na nova "Visionaire", já na Toc na Cuca), Fassina
vai indicar sete fotógrafos brasileiros para a badaladerrerrérrima
"Purple". Os brasileiros ganham o
mundo. Mais do que na hora, né?
E o underground se reúne
na festa de aniversário de três anos
do Matrix, quinta, dia 10. Vai lá dar
um abraço no Gigio. E vá na quarta
dar um abraço no Will Robson, na
noite dele lá no Kashmir dentro do
projeto Velvet, que traz a música
eletrônica à casa. E na segunda, feriado, vá dar um abraço na Glaucia
Mais Mais na versão da noite de
meninas Cio nos mineiros domínios de Fernando Carneiro. E
quem toca neste after-hour sábado
é o seu, o meu, o nosso Renato Lopes, com o talentoso Daniel, do
Underground Minds. E Renato
adianta que vai tocar muito dos
seus produtores favoritos do momento, como o sueco Lari Lakebusch e sua turma de Estocolmo,
como Alexi Delano, mais o inglês
Joel Mull, o povo com que ele teve
contato da última vez que tocou na
Europa, ano passado. Como é o
som? É um crossover de tecno com
house. "Tem suíngue e não é muito
sisudo, é mais animado. Da última
vez que toquei as pessoas falaram
que saíram alegres da pista. Isso é
uma coisa legal de passar", confirma o DJ.
E-mail: palomino@uol.com.br
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