São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2007

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Bebida

Itália produz tintos mais atraentes

JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Um precioso acervo de uvas autóctones -tesouro talvez comparável apenas ao elenco de cepas nativas que possui Portugal- mais carinho (e menos cachos por planta) nos vinhedos, tecnologia e cuidado redobrado nas cantinas. Esses parecem ser os ingredientes da receita com a qual os italianos estão produzindo (nos quatro cantos do país) tintos mais atraentes e modernos.
Entre os últimos provados está o Tosca 2004, da Valdipiatta, uma pequena casa de Montepulciano, na Toscana, centro da bota. Corte de uvas sangiovese e canaiolo nero, ele tem aroma atraente (cerejas, ameixas maduras) e sabor igualmente frutado e com toques defumados (87/ 100, R$ 46).
Bom também é o Vigne Nuove 2006, da região de Abruzzo, na costa do Adriático, ao leste, elaborado pela Valle Reale, uma jovem vinícola que acabou de estrear no Brasil. Frutas vermelhas dominam o sabor deste vinho de bom corpo, redondo e persistente, elaborado com uvas montepulciano (88/ 100, R$ 49, ambos na Wine House, tel. 0/xx/11/3071-2900).
O giro acaba na Puglia, mais ao sul, área em ascensão e berço de outro rubro que merece menção: o Alberello 2005 da Felline. Mescla de uvas negroamaro e primitivo, ele agrada pelo paladar com taninos finos, complexo (fruta, couro, especiaria) e longo (89/100, R$ 59, Enoteca Fasano, tel. 0/xx/11-3074-3959).


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