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CRÍTICA DRAMA
"Perfume de Mulher", além de inteligente, tem Al Pacino
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Há filmes que vão e voltam, como "Perfume de
Mulher" (TC Light, 22h, 14
anos). Já passou em quase todos os canais. Certos filmes
podem ser vistos com ou sem
compromisso. No caso, isso
pode se dar tanto devido ao
apelo fácil do final como à
presença de Al Pacino.
Depois, é um bom roteiro:
o encontro entre o ex-militar
cego, à beira do suicídio, e o
bolsista em apuros de um colégio de elite diz respeito, antes de mais nada, a caráter.
Trata-se de um espelhar-se
no outro: observar suas forças e fraquezas, assimilá-las.
Se isso explica por que o
filme de Martin Brest vai e
volta (por trás da cortina de
divertimento é inteligente),
não explica por que a TV
nunca mostra o "Perfume"
original, de Dino Risi.
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