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CRÍTICA DRAMA
Esforço didático banaliza "Pra Frente Brasil", de Roberto Farias
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Em "Pra Frente Brasil"
(Canal Brasil, 18h20, 14
anos), estamos em 1970, tempo de Copa, guerrilha.
No filme de Roberto Farias, um homem inocente é
preso e torturado pelas chamadas "forças da repressão".
A tirar a força do filme,
existem vários fatores. A
atuação de Natalia do Vale é
só um deles. O esforço didático ajuda tudo a se banalizar
do ponto de vista estético.
Mas o pior de tudo é a inocência do herói. Não que isso
seja consciente. A vítima inocente transmite a impressão
de que, se fosse "culpado",
ou seja, guerrilheiro, estaria
bem torturado. Não é, por
certo, a intenção do filme.
Mas, num Brasil que está
longe de resolver o problema da censura, isso pesa mais do que chumbo.
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