São Paulo, sexta-feira, 05 de janeiro de 2007

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Cota de tela reduz espaço de filme nacional em 2,9%

Política responde à queda de público de 11% em 2006

DA REPORTAGEM LOCAL

A cota de tela definida pela Ancine (Agência Nacional do Cinema) para 2007 procurou responder à queda do público de filmes nacionais em 2006 e terá como impacto final uma redução no montante do número de dias obrigatórios para exibição de produções brasileiras de 2,9% em relação ao ano passado.
A "cota de tela" determina o número de dias de exibição obrigatória de filmes nacionais nos cinemas. Para 2007, aumentou a obrigatoriedade em grandes complexos (acima de nove salas), enquanto diminuiu a cota em cinemas com até quatro salas. O resultado final dessa operação é a pequena variação (negativa) de 2,9%.
Segundo nota técnica da Ancine, a decisão busca responder à queda de 11% (dados ainda não consolidados) no público de filmes nacionais em 2006 em relação a 2005.
O objetivo da política de cota, diz a agência, é agir de forma "contra-cíclica" (ou seja, incentivar o aumento do público de cinema brasileiro no momento em que ele sofre uma queda), procurando, no entanto, minimizar "os efeitos sobre o setor exibidor".
Para atender aos dois princípios é que se terminou, ao mesmo tempo, aumentando a exigência de exibição para os grandes complexos (a política contra-cíclica) e diminuindo os efeitos dessa política, com a queda de público, na parte mais frágil do setor exibidor (os cinemas pequenos).
Para o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, a expectativa é de que, ao final, a nova cota, apesar da pequena queda de obrigatoriedade, ajude a promover o aumento do público de cinema nacional neste ano. Segundo ele, isso poderá se dever ao fato de serem os cinemas de grandes complexos (para os quais foi aumentada a exigência) os que mais atraem público no país.


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