São Paulo, #!L#Sábado, 05 de Fevereiro de 2000


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A ESPERA

"Vestiram-na de branco, cobriram-na de rosas e desceram-na à sepultura: passara pela vida como a nuvem, e a aragem, subindo ao céu, como um perfume. Seria mais ou menos feliz do que os que vivem? Vejamos. Morria virgem, sentira o ansiar de indefiníveis desejos e não fora nem esposa nem mãe, é certo. Mas também não tivera os afagos mentirosos de um consorte, que a acariciasse, pensando em outra mulher, enquanto sua alma amante se inebriasse em tocante alegria! Ignorava o sabor de ardente e férvidos beijos -dirão! O que se ignora não existe e, por essa razão, mais vale desconhecer certos gozos, do que suportá-los, quando só inspiram tédio e repulsão!"


"A Espera", Maria Benedita Câmara Bormann, a Délia




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