São Paulo, terça-feira, 05 de fevereiro de 2008

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Crítica

"Antônia" hesita entre encantar e tratar do real

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Até agora buscam-se as causas do fracasso de "Antônia" (Cinemax, 22h). Era um filme de que se esperava muito.
Tinha um argumento interessante (centrado em quatro garotas da Vila Brasilândia, periferia paulistana que formam um grupo vocal), revelava atrizes, teve a maior força da Rede Globo.
A própria Globo lançou uma série com o mesmo nome (e assunto e atrizes e etc.), antes de o filme sair. Teria sido por desgaste na TV que o filme falhou? Pode ser. Mas parece vago e há casos em que a exibição prévia em TV ajudou no sucesso.
O filme era bem levado, fez-se muita pesquisa, a diretora Tata Amaral aproveitou bem a geografia da Brasilândia. Mas, já na pré-estréia, cheia de gente da periferia, os aplausos foram convencionais. Estava todo mundo murcho. O que houve?
Um palpite: o roteiro insere subtramas desnecessárias e, ao mesmo tempo, deixa personagens pelo caminho. O conjunto hesita, sem saber se pretende encantar ou tratar da vida real. É quando o público vira a cara.

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