São Paulo, segunda-feira, 05 de março de 2007

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Crítica

Em "Estigma", Peck é movido pela vingança

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Gregory Peck formava uma bela dupla com o diretor Henry King, e os dois fizeram juntos sucessos como "As Neves do Kilimanjaro". Nada se compara, em permanência sobretudo, aos faroestes feitos em comum, em particular ao grande "Estigma da Crueldade" (Telecine Cult, 20h05).
King explora ali um aspecto essencial da fotogenia de Peck, que era a de parecer, ao mesmo tempo, um homem extremamente obstinado e, na mesma proporção, limitado intelectualmente.
Este é o homem do "Estigma": quando os criminosos que acredita terem matado sua mulher escapam, ele lhes move uma perseguição que exclui todo raciocínio. O ódio é seu critério; a vingança, sua razão de ser.
Quem se move por esses parâmetros, no entanto, opera uma violenta limitação do mundo. O que não significa que o mundo não continue complexo como antes e, nessa medida, pronto a preparar armadilhas cruéis para quem até então o desconsiderou.


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