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Louvre é o museu mais visitado
Cerca de 8,3 milhões de visitantes passaram pelo museu parisiense no ano passado, segundo jornal
Centro Georges Pompidou vem em segundo lugar, seguido por Tate Modern e British Museum, ambas instituições em Londres
GABRIELA LONGMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS
Se tudo der errado na França,
Paris talvez pudesse viver da
renda de seus museus. Um ranking recém-divulgado pelo jornal londrino "Art Newspaper"
elencou os 60 museus mais visitados do mundo em 2007,
com o Louvre à frente com larga vantagem.
Foram cerca de 8,3 milhões
de visitantes em um ano. Segundo colocado na lista, o Centro Georges Pompidou, também em Paris, recebeu 5,5 milhões de visitas.
As marcas atingidas pelo
Louvre indicam uma manutenção da visitação obtida em
2006 (8,348 milhões de visitantes) e uma estagnação do crescimento sistemático de freqüência a que o museu vinha
assistindo desde 2003 -5,7 milhões em 2003; 6,9 milhões em
2004; e 7,55 milhões em 2005.
Parte da imprensa especializada associa o grande crescimento à febre "Código Da Vinci", que varreu o planeta nos últimos cinco anos.
"É a sétima vez que venho a
Paris e também a sétima que
venho ao Louvre", disse a engenheira italiana Paola Marcha,
37. Apaixonada pela coleção de
arte egípcia e pela "Vênus de
Milo", ela não sabe se terá dinheiro e vontade de visitar a "filial" que o museu terá em Abu
Dhabi, nos Emirados Árabes
Unidos, com inauguração prevista para 2012. "Por enquanto,
a idéia de um Louvre no meio
do deserto ainda me soa meio
estranha", diz ela.
Firmado no ano passado, o
acordo com os Emirados Árabes Unidos prevê que a União
de Museus da França receba
1 bilhão (cerca de R$ 2,6 bilhões) em 30 anos. Até agora,
150 milhões (cerca de R$ 383
milhões) já foram pagos.
Vivendo em Paris, a estudante de moda sul-coreana Seun
Lau, 23, vai de três a quatro vezes por semana ao Louvre buscar inspiração para as estampas que desenha. "No começo,
vinha ver as coleções de pintura italiana [da qual faz parte
"Monalisa", de Da Vinci], agora
conheço de cor a localização de
cada sala e estou apaixonada
pelos objetos da Ásia Menor."
Lau entra no museu com o
passe "Louvre Jovem", que,
por 15 anuais, permite freqüência ilimitada para visitantes de até 26 anos.
"Me faz bem. Além de ver a
coleção, fico feliz de freqüentar
um prédio que foi fundado em
1190 e desde então foi se transformando. Já foi fortaleza, palácio, museu. Muita gente foi
contra a construção da pirâmide [de vidro, projetada em por
Ieoh Ming Pei e inaugurada em
1989], mas eu gosto desse resultado de contrastes entre o
antigo e o contemporâneo. O
museu tem de se manter atualizado", diz a estudante.
À parte a coleção permanente, com 35 mil peças, o museu
abriga importantes mostras
temporárias. Até 5 de maio, por
exemplo, apresenta uma reunião de gravuras do flamengo
Van Dyck (1599-1641). No próximo dia 14, começa uma exposição sobre a Babilônia (veja ao
lado). A programação da temporada prevê ainda a mostra
"Marie d'Orléans 1813-1839",
com desenhos e esculturas feitos pela princesa, típicos do romantismo europeu da primeira
metade do século 19 e com
muitas das obras baseadas na
figura de Joana D'Arc.
Concentração
É a primeira vez que o "Art
Newspaper" realiza esse tipo de
pesquisa, sem distinção entre
os museus que cobram entrada
e os gratuitos. Apesar de a
França abrigar os dois museus
mais visitados do mundo, os
Estados Unidos é o país com
mais museus no ranking (16),
seguido por Inglaterra (8).
Dos 60 museus listados, apenas oito estão fora do eixo Europa-Estados Unidos-Canadá.
Destes, cinco ficam na Oceania
(Austrália) e três na Ásia (um
na China e dois no Japão); nenhum na América Latina. Último da lista, o Albertina, em Viena recebeu 550 mil visitantes.
Para efeito de comparação, em
2006, a Pinacoteca recebeu
430 mil visitantes; e o MAM-SP, 237 mil.
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