São Paulo, quinta-feira, 05 de março de 2009

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Keane volta a SP em mês de maratona de shows

Após seu terceiro disco, banda inglesa dissipa comparações com o Coldplay

Entre os artistas que se apresentam na capital paulista neste mês, estão Liza Minnelli, Iron Maiden, Radiohead e Simple Plan

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Para alguns, eles eram um "clone do Coldplay". Para outros, "a banda de rock que não usa guitarras". Esses dois apostos estão definitivamente dissociados do Keane, trio britânico que se apresenta em São Paulo (10/3), Belo Horizonte (12/3) e Rio (13/3).
Formado pelos ingleses Tom Chaplin (29 anos; vocalista), Tim Rice-Oxley (32; teclado e sintetizadores) e Richard Hughes (33; bateria), o Keane é um dos nomes que recheiam a maratona de shows pop que percorre o país, e São Paulo em particular, neste março (veja quadro ao lado).
Se no primeiro álbum, "Hopes and Fears", de 2004, o Keane inspirava comparações com o Coldplay, por culpa de baladas como "Somewhere Only We Know", a banda dissipou parcialmente essa lembrança com o segundo disco, "Under the Iron Sea" (2006), mais sombrio e roqueiro.
Mas foi com "Perfect Symmetry", do final do ano passado, que o grupo conseguiu enterrar qualquer associação com a banda de Chris Martin. No álbum, o Keane mostra versatilidade ao injetar em suas faixas referências que vão até a soul music e a disco.
"Queríamos, definitivamente, fazer algo diferente [nesse disco]", conta Chaplin à Folha. "Há muita banda por aí que faz a mesma música ano após ano. Não tem o desejo ou a capacidade de mudar. Nós gostamos de ir contra as expectativas. Agora, usamos percussão, muitos vocais de apoio, sintetizadores." E guitarra.
Em "Perfect Symmetry", o trio utiliza o instrumento pela primeira vez. "Nos shows, toco guitarra um pouco. Muita gente nos chamava de "banda do piano". Somos mais do que isso, somos uma banda de rock, como eram Talking Heads, Beatles, Radiohead. O piano era usado mais como guitarra do que como piano", aponta.
"Usamos [guitarra] em "Spiralling" [single do disco] e gostamos do resultado. Não que sejamos a melhor guitarra do mundo, mas foi empolgante."
Esta será a segunda turnê no país, o que deixa a banda livre para concentrar os shows nas músicas recentes. "Vamos tocar faixas de todos os discos, mas estamos no meio da turnê mundial, lançamos o disco há pouco tempo, então vamos mostrar várias faixas dele. Não queremos shows burocráticos", promete Tom Chaplin.


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