São Paulo, quarta-feira, 05 de abril de 2006

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FILMES

TV PAGA


"Os Incríveis" exalta a diversão familiar

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Os Incríveis" (HBO, 21h) são uma família de super-heróis -pai, mãe, filhos- pilhados num momento em que os super-heróis estão proibidos de praticar.
Como possuir superpoderes e não poder utilizá-los, eis o seu problema. Essa categoria de pessoas parece que andou criando problemas no passado, e um mundo burocratizado como o nosso não pode aceitar que esses seres especiais saiam por aí fazendo o que bem entendem.
Está dada aí a chave de identificação que certamente ajudou a construir o sucesso dessa animação. Todos temos o sentimento de viver em um mundo em que cada movimento é controlado e em que, para completar, nos afirmam que isso é "para o seu próprio bem". Ou ainda, misturando ironia e sarcasmo, aparecem esses avisos com a sugestão: "Sorria! você está sendo filmado".
Quanto aos super-heróis, até eles são, agora, submetidos aos ditames da burocracia e devem seguir regulamentos estritos. Se nós sofremos com isso, se pode imaginar pelo que passa o sr. Incrível, agora reduzido um burguês aposentado.
Hoje os filmes de "diversão familiar" tornaram-se um espaço de reflexão bem interessante do cinema. No caso de "Os Incríveis", a família é o centro. Desacreditado algumas décadas atrás, esse núcleo hoje foi reinstaurado como fundamento de nossas vidas. O outro tornou-se perigoso, hostil. Mesmo o Estado, em vez de ser quem nos protege, é nosso inimigo, ameaça e oprime.
"Os Incríveis" nos diz isso claramente e é por isso, também, que seu sucesso foi o de um tipo de filme que, até os anos 50, fez a glória da indústria: a diversão familiar. Grandes sucessos, hoje, apostam mais na família do que no adolescente, visado há dez ou 20 anos.

TV ABERTA

Sean Connery revive 007 contra milionário

Ernest e as Jóias da Coroa
Record, 15h30.
(Ernest Rides Again). EUA, 1993, 92 min. Direção: John Cherry. Com Jim Varney. Ernest ajuda professor a provar que as jóias da coroa britânica estão nos EUA. E há um colecionador querendo roubá-las.

Madeline
Globo, 15h55.
(Madeline). França/EUA, 1998, 90 min. Direção: Daisy von Scherler Mayer. Com Hatty Jones. Comédia sobre garotas de uma escola parisiense sob a liderança de Madeline, especialista em colocar-se em apuros e também em safar-se deles.

Hulk
Record, 22h30.
(The Hulk). EUA, 2003, 135 min. Direção: Ang Lee. Com Eric Bana. Depois de absorver radiações, sujeito se transforma em Hulk, o cara verde e fortão, apaixonado por uma garota e que combate os bandidos.

Intercine
Globo, 1h50.
Dois inéditos candidatam-se à exibição nesta quarta: "As Virgens Suicidas" (1999, de Sofia Coppola, com James Woods) e "O Diamante de Jeru" (2001, de Ian Barry e Dick Lowry, com Billy Zane).

007 - Os Diamantes São Eternos
SBT, 2h30.
(Diamonds Are Forever). EUA, 1971, 125 min. Direção: Guy Hamilton. Com Sean Connery. Novamente como 007, Connery enfrenta neste filme o milionário e maléfico Blofeld, que está disposto a tomar conta do mundo.

O Clube das Desquitadas
Globo, 3h30.
(The First Wives Club). EUA, 1996, 101 min. Direção: Hugh Wilson. Com Diane Keaton. Três quarentonas separadas unem-se para preparar perversa vingança contra seus ex-maridos.

A Aventura Começa no Buzz Lightyear
SBT, 4h45.
(Buzz Lightyear of Star Comand). EUA, 2000, 70 min. Direção: Ted Stones. Desenho animado sobre o patrulheiro espacial Buzz Lightyear tenta libertar o planeta Gama do tirano Zorg. (IA)

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