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FILMES
TV PAGA
"Os Incríveis" exalta a diversão familiar
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Os Incríveis" (HBO, 21h) são
uma família de super-heróis
-pai, mãe, filhos- pilhados
num momento em que os super-heróis estão proibidos de praticar.
Como possuir superpoderes e
não poder utilizá-los, eis o seu
problema. Essa categoria de pessoas parece que andou criando
problemas no passado, e um
mundo burocratizado como o
nosso não pode aceitar que esses
seres especiais saiam por aí fazendo o que bem entendem.
Está dada aí a chave de identificação que certamente ajudou a
construir o sucesso dessa animação. Todos temos o sentimento de
viver em um mundo em que cada
movimento é controlado e em
que, para completar, nos afirmam
que isso é "para o seu próprio
bem". Ou ainda, misturando ironia e sarcasmo, aparecem esses
avisos com a sugestão: "Sorria!
você está sendo filmado".
Quanto aos super-heróis, até
eles são, agora, submetidos aos
ditames da burocracia e devem
seguir regulamentos estritos. Se
nós sofremos com isso, se pode
imaginar pelo que passa o sr. Incrível, agora reduzido um burguês aposentado.
Hoje os filmes de "diversão familiar" tornaram-se um espaço
de reflexão bem interessante do
cinema. No caso de "Os Incríveis", a família é o centro. Desacreditado algumas décadas atrás,
esse núcleo hoje foi reinstaurado
como fundamento de nossas vidas. O outro tornou-se perigoso,
hostil. Mesmo o Estado, em vez de
ser quem nos protege, é nosso inimigo, ameaça e oprime.
"Os Incríveis" nos diz isso claramente e é por isso, também, que
seu sucesso foi o de um tipo de filme que, até os anos 50, fez a glória
da indústria: a diversão familiar.
Grandes sucessos, hoje, apostam
mais na família do que no adolescente, visado há dez ou 20 anos.
TV ABERTA
Sean Connery revive 007 contra milionário
Ernest e as Jóias da Coroa
Record, 15h30.
(Ernest Rides Again). EUA, 1993, 92 min.
Direção: John Cherry. Com Jim Varney.
Ernest ajuda professor a provar que as
jóias da coroa britânica estão nos EUA. E
há um colecionador querendo roubá-las.
Madeline
Globo, 15h55.
(Madeline). França/EUA, 1998, 90 min.
Direção: Daisy von Scherler Mayer. Com
Hatty Jones. Comédia sobre garotas de
uma escola parisiense sob a liderança de
Madeline, especialista em colocar-se em
apuros e também em safar-se deles.
Hulk
Record, 22h30.
(The Hulk). EUA, 2003, 135 min. Direção:
Ang Lee. Com Eric Bana. Depois de
absorver radiações, sujeito se transforma
em Hulk, o cara verde e fortão,
apaixonado por uma garota e que
combate os bandidos.
Intercine
Globo, 1h50.
Dois inéditos candidatam-se à exibição
nesta quarta: "As Virgens Suicidas"
(1999, de Sofia Coppola, com James
Woods) e "O Diamante de Jeru" (2001, de
Ian Barry e Dick Lowry, com Billy Zane).
007 - Os Diamantes São Eternos
SBT, 2h30.
(Diamonds Are Forever). EUA, 1971, 125
min. Direção: Guy Hamilton. Com Sean
Connery. Novamente como 007,
Connery enfrenta neste filme o
milionário e maléfico Blofeld, que está
disposto a tomar conta do mundo.
O Clube das Desquitadas
Globo, 3h30.
(The First Wives Club). EUA, 1996, 101
min. Direção: Hugh Wilson. Com Diane
Keaton. Três quarentonas separadas
unem-se para preparar perversa
vingança contra seus ex-maridos.
A Aventura Começa no Buzz Lightyear
SBT, 4h45.
(Buzz Lightyear of Star Comand). EUA,
2000, 70 min. Direção: Ted Stones.
Desenho animado sobre o patrulheiro
espacial Buzz Lightyear tenta libertar o
planeta Gama do tirano Zorg.
(IA)
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