INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Com a quinta-feira da Semana Santa abre-se oficialmente na TV paga a temporada religiosa. No caso, o Turner Classic Movies, TCM, entra com duas superproduções: "Salomão e a Rainha de Sabá" (17h) e "Quo Vadis?" (19h05).
O primeiro tem a assinatura de King Vidor e nos remete à antigüidade judaica, quando um faraó conspira no sentido de aniquilar Salomão e sua sabedoria. O filme é suntuoso como se fazia na época (é de 1959) e talvez o que lhe falte, visto hoje, seja um tanto de modéstia: o luxo atrapalha o aspecto bíblico do espetáculo.
Na verdade, "Quo Vadis?" me agrada mais. Por quê? Talvez porque eu adore essas histórias de pagãos sendo convertidos por conta de cristãs irresistíveis, embora no ramo eu prefira Jean Simmons a Deborah Kerr. Peter Ustinov é, no mais, um Nero perverso e delirante ao extremo neste filme de Mervin LeRoy (1951).
Opção laica: "Nem Tudo É Verdade" (Canal Brasil, 14h30), de Rogério Sganzerla.


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