São Paulo, segunda-feira, 05 de maio de 2008

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Crítica

Cinema atual não dispensa a esperteza

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O cinema contemporâneo não dispensa a esperteza. Ela pode fazer sentido, como nos filmes de David Lynch. Ou pode servir para compor uma espécie de máscara de originalidade por trás da qual existe... A rigor, não existe nada, embora possa nos fazer exclamar um "oh!" de surpresa e nos fazer sentir inteligentes por participar daquele momento.
"Babel" (TC Premium, às 19h25) faz parte dessa categoria. O diretor, Alejandro González Iñárritu, um dos xodós da indústria de cinema mais recente, espalha suas quatro histórias por diferentes espaços, estabelece ligeiros desníveis de tempo, para só depois explicitar os nexos entre as várias narrativas.
Passada a surpresa, passa o efeito da publicidade.
Toda a ginástica narrativa não vale um, digamos, "Assim Caminha a Humanidade" (TCM, às 23h55), o último James Dean, que George Stevens dirigiu, em 1956, no tempo em que o petróleo era coisa que se achava quase na superfície do mundo.


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