free-lance para a Folha

A mostra "Louis Malle por Louis Malle", que já esteve no Rio e em Porto Alegre, aterrissa aqui com dez filmes do diretor, o suficiente para pontuar os vários momentos de sua carreira, na Sala Cinemateca Folha.
Apesar de ser uma quase "ovelha negra" na geração da nouvelle vague, com um cinema que se auto-analisava implicitamente -não explicitamente, como Godard e Resnais-, Malle atuou em favor e fez um cinema crítico.
O teor crítico de seu trabalho cutucou o conservadorismo e a hipocrisia. Com "Lacombe Lucien", o ataque ao colaboracionismo francês aos nazistas toma relevo.
A mostra ainda tem "Trinta Anos Esta Noite", sobre a busca interior de um homem angustiado. Produções recentes, não menos prodigiosas, como "Tio Va- nya em Nova York" e "Perdas e Danos", estão no calendário.
Há ainda "Atlantic City" (1980) e "Ascensor para o Cadafalso" (1957), sua revelação.
O público encontrará uma "incoerência" narrativa na obra do diretor e, ao mesmo tempo, notará um objetivo único em expor os acertos e erros humanos. (PSL)



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