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CRÍTICA
Pennebaker homenageia e diverte
DA REDAÇÃO
"Soul music é um sentimento. Você coloca mais ênfase
naquilo que está cantando. Isso é
o soul." Palavras de Sam Moore,
uma das metades da histórica dupla Sam & Dave, um dos heróis
da Stax, lendária gravadora de
Memphis que faliu em 1975.
Em "Only the Strong Survive",
Sam Moore é mostrado passeando de carro por Nova York, lembrando dos hotéis baratos em que
morou, das ruas em que vendeu
drogas para sobreviver. Não antes, mas depois de Sam & Dave.
O documentário é aquilo a que
Pennebaker e Hegedus se propuseram: filmar Sam Moore, Rufus
Thomas, Wilson Pickett pós-auge, pós-Stax, pós-sucesso.
O filme se perde justamente
porque parece se utilizar pouco
esses músicos. Muitas vezes Roger Friedman, produtor e espécie
de entrevistador, desperdiça minutos com papos enfadonhos.
"Only the Strong Survive" (título de canção de Jerry Butler, que o
filme mostra como um atual político de Chicago) ganha força, por
exemplo, pela boca -e mãos e
pernas- de Wilson Pickett. O
cantor aparece em estúdio e conta
histórias ("Diana Ross era a coisa
mais feia que eu já tinha visto em
toda a minha vida"). E no palco,
mostrando -ainda- o lado
quente do soul, requebrando e
dançando com as fãs.
Pennebaker deixa os músicos
falarem, mostra partes de shows,
interfere pouco. Permite que eles
contem seus causos, cantem -é
hilário Rufus Thomas e Isaac Hayes em programas de rádios. Queria fazer uma homenagem a essas
pessoas. Conseguiu.
(THIAGO NEY)
Only the Strong Survive
Idem
Produção: EUA, 2002
Direção: D.A. Pennebaker e Chris Hegedus
Quando: a partir de hoje no Espaço
Unibanco
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