São Paulo, sábado, 05 de outubro de 2002

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FILMES

TV ABERTA

Bruce Willis e Nick Nolte superam trama fraca

O Retrato Perfeito
SBT, 14h15.

(Picture Perfect). EUA, 95. Direção: Joseph L. Scanlan. Com Richard Karn, Dave Thomas. Dois adolescentes juntam as respectivas famílias, tentando ganhar concurso de TV que busca a família perfeita. Feito para TV. Inédito.

Um Caso Quase Perfeito
Rede TV!, 15h15.

(An Almost Perfect Affair). EUA, 79, 82 min. Direção: Michael Ritchie. Com Keith Carradine, Monica Vitti. Cineasta tenta liberar seu filme, apreendido pela censura francesa. Entrementes, envolve-se com a mulher de um colega francês. Comédia romântica bem imperfeita, apesar de Monica.

MacGyver - Julgamento Final
Rede TV!, 18h.

(MacGyver - Trail to Doomsday). EUA, 94, 93 min. Direção: Charles Correll. Com Richard Dean Anderson. Em mais uma aventura da série, MacGyver investiga a morte de um amigo.

Rebeldes
Globo, 23h.

(Foxfire). EUA, 94, 102 min. Direção: Annette Haywood-Carter. Com Hedy Burress, Angelina Jolie. Aluna nova congrega as antigas, vítimas usuais do assédio de um professor de biologia. Daqui por diante, elas decidem que a vida será outra. Saga feminista com base em romance de Joyce Carol Oates. Inédito.

À Beira da Loucura

SBT, 23h45.

(Breakfast of Champions). EUA, 99, 110 min. Direção: Alan Rudolph. Com Bruce Willis, Nick Nolte. Um vendedor de carros (Willis) questiona a própria existência. Elenco forte à procura de um filme. Inédito.

O Perfume de Emmanuelle
Bandeirantes, 1h30.

(Emmanuelle's Perfume). França, 92, 90 min. Direção: Francis Leroi. Com Sylvia Kristel, Marcella Walerstein. Agora meio na decadência física, Emmanuelle trata de aproximar amantes (no caso, um amigo escritor em crise, que quer conquistar uma garota). Kristel presa, sempre, à criatura Emmanuelle, que por sinal lhe é inferior.

Dia da Justiça
SBT, 1h45.

(Deadlocked). EUA, 2000. Direção: Michael W. Watkins. Com David Caruso, Charles S. Dutton. Pai sequestra o júri que condenou seu filho por estupro e assassinato. Para libertar os jurados, exige que o promotor do caso prove, em um dia, a inocência do rapaz. Feito para TV.

No Mundo da Lua
Globo, 2h50.

(Pontiac Moon). EUA, 94, 106 min. Direção: Peter Medak. Com Ted Danson, Mary Steenburgen. Professor e seu filho visitam lugares célebres do Velho Oeste, no momento em que o homem chega à Lua. Ou seja, buscam velhos valores em um novo momento.

Um Rosto sem Passado
SBT, 3h25

(Johnny Handsome). EUA, 89, 94 min. Direção: Walter Hill. Com Mickey Rourke, Ellen Barkin. Depois de ser traído por dois companheiros de crime, ladrão que tem o rosto desfigurado (Rourke) decide ir atrás dos traidores que, no mais, têm culpa pela morte de um amigo seu.

Mulher Maravilha
SBT, 5h10.

(Wonder Woman). EUA, 74, 73 min. Direção: Vincent McEveety. Com Cathy Lee Crosby, Ricardo Montalban. Crosby, mulher nem tão maravilha assim, enfrenta um vilanesco Montalban, já meio batendo pino. Feito para TV. (IA)

TV PAGA

"Pantaleão" ri do militarismo latino-americano

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O espectador mais suspeitoso deve optar por "Moulin Rouge" (Telecine Premium, 21h30), de Baz Luhrmann, em detrimento de "Pantaleão e as Visitadoras" (Telecine Happy, 19h45), de Francisco Lombardi.
"Moulin Rouge" dividiu opiniões: há os que o consideram genial e os que o acham um abacaxi solene. Estou na segunda categoria, e, nela, faço parte dos que podem achar prazer num abacaxi, mas não suportam a solenidade.
Passemos pela história simplória (garota do Moulin Rouge se apaixona por um poeta pobre e levanta a ira de seu protetor) -elas são de lei nos musicais. Bem menos aceitável é o aspecto "artístico" da empreitada.
Pode-se alegar que há precedentes para o filme: das extravagâncias de Busby Berkeley às de Minnelli, do barroquismo de Visconti ao de Glauber. Ok, mas Luhrmann sobrecarrega a imagem até a saturação sem nos dizer nada de especial. Ou antes, noves fora o empetecamento, não diz nada nem de não-especial. Parece aqueles filmes das velhas repúblicas, onde o significante era "arte" e o significado idem.
Já "Pantaleão", é um filme peruano, fenômeno em princípio assustador. O fato de ser baseado num romance de Mario Vargas Llosa com certeza ajuda. A atriz principal, belíssima, também.
Mas é sobretudo a simpatia do filme de Lombardi que pode nos seduzir, apesar da fotografia sem-graça. A história diz respeito a um militar caxias chamado a desenvolver um projeto altamente secreto: criar uma rede de visitadoras (leia-se prostitutas) para os quartéis de fronteira, evitando assim as muitas queixas de estupros praticados pelos soldados.
O que interessa aqui, a rigor, é a bem-desenvolvida tensão entre o estapafúrdio da missão e o cego profissionalismo de Panta. Maneira de rir do não-raro sinistro militarismo latino-americano.



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