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Autor aponta força de produtos de baixa demanda
DA REPORTAGEM LOCAL
A teoria da cauda longa
surgiu em um artigo de
Chris Anderson para a "Wired" em outubro de 2004
(disponível em inglês em
www.wired.com/wired/archive/12.10/tail.html).
Baseado em pesquisas e
artigos acadêmicos, ele argumenta que os muitos produtos com baixa demanda
poderiam, coletivamente,
dominar fatia do mercado
igual ou superior àquela dos
poucos best-sellers e blockbusters, se os canais de distribuição fossem suficientemente amplos.
"Quando os consumidores têm possibilidade infinita de escolha, o verdadeiro
formato da demanda se revela." A "cauda longa" é esse
formato, expresso num gráfico de popularidade versus
número de produtos, em
que o crescimento se dá na
direção dos produtos (e que
pode ser visualizado em
www.thelongtail.com).
O artigo virou livro em
2006, publicado no Brasil
como "A Cauda Longa - Do
Mercado de Massa para o
Mercado de Nicho" (ed.
Campus; 256 págs., R$
57,50). O site internacional
da obra traz alguns capítulos
gratuitos, em inglês.
Custo e limitação
"A economia do varejo
tradicional obriga as lojas a
terem nas prateleiras só os
potenciais sucessos, porque
o espaço é limitado e caro.
Mas lojas on-line, da Amazon ao iTunes, podem estocar qualquer coisa, e o número de produtos dedicados
aos nichos supera em muito
os hits. Esses milhões de nichos formam a cauda longa,
que vinha sendo negligenciada em favor da pequena
concentração de sucessos."
Para reforçar a tese, um
funcionário da Amazon diz,
no artigo de Anderson: "Hoje vendemos mais livros que
não vendiam nada até ontem do que todos os best-sellers que vendiam muito até
ontem".
(MAC)
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