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TELEVISÃO
Crítica
"A Firma" gira em torno de segredos a preservar
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A julgar por "A Firma" (TC
Action, 22h; 12 anos), a advocacia substituiu o Partido Comunista como "a grande entidade
mafiosa fora a Máfia", lugar de
onde ninguém sai após entrar.
Assim correm as coisas para
Tom Cruise. Jovem advogado,
é contratado a peso de ouro por
um famoso escritório.
No começo, tudo é alegria
para ele. É com o tempo que tudo aquilo vai começando a soar
muito estranho (por exemplo,
as relações pessoais, muito exclusivas).
E não custa ao jovem Cruise
perceber que caiu numa armadilha tamanho família. A família é, aliás, a do escritório.
Do lado oposto está ninguém
menos que Gene Hackman.
Um vilão de tal calibre sempre
dificulta as coisas e, com certeza, enriquece o filme.
Neste filme que Sydney Pollack dirigiu, tudo gira em torno de segredos a preservar, de
informações que não podem
circular.
A rigor, "A Firma" poderia
ser sobre médicos, comunistas,
traficantes. É dotado de uma
imprecisão que ajuda, aliás, o
tempo a passar.
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