São Paulo, sábado, 05 de novembro de 2011

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televisão

Artes cênicas inspiram o novo programa de Mocarzel

Série 'Teatro sem Fronteiras' mistura as linguagens do cinema e do palco

Primeiro episódio traz fragmentos da peça 'Hysteria', sobre mulheres histéricas, do Grupo XIX de Teatro

Fotos Divulgação
Juliana Caltabiano em cena de ‘Hysteria’, peça que abre a temporada de ‘Teatro sem Fronteiras’

GABRIELA MELLÃO
DE SÃO PAULO

Evaldo Mocarzel se tornou o maior defensor da memória das artes cênicas do país na atualidade.
Tem 20 longas inspirados em trabalhos de alguns das principais companhias de teatro de São Paulo, como Os Satyros, Os Fofos Encenam, Vertigem e Grupo XIX de Teatro. Todos finalizados ou em fase de finalização.
A partir desse material, o documentarista, que é também dramaturgo, criou a série "Teatro sem Fronteiras". São oito programas semanais de 25 minutos de duração.
Os documentários realizados para a série não são registros de espetáculos na íntegra. A peça surge apenas como ponto de partida. "Queria fazer um híbrido entre a linguagem do cinema e das artes cências", diz Mocarzel.
"Hysteria", que abre a programação, apresenta recortes de uma turnê realizada pelo Grupo XIX de Teatro em localidades históricas de Santa Catarina, como museus e uma sauna feminina.
Ele misturou cenas das atrizes em trânsito e atuando no espetáculo, cujo nome também é "Hysteria".
A obra, sobre mulheres consideradas histéricas no século 19, é recuperada por Mocarzel de maneira fragmentária e poética. "Queria criar um filme sensorial e feminino", conta.
Ele se atém às fissuras existentes nas paredes desses locais para enfatizar a passagem do tempo, além da precariedade física e psíquica dessas mulheres. "Ampliei a busca cênica desse grupo que, como o Teatro da Vertigem, envereda por espaços não convencionais e se deixa contaminar pelos elementos contidos nessas locações."
Mocarzel busca revelar pela lente cinematográfica o que muitas vezes passa despercebido pelo olho humano. "As novas tecnologias digitais trouxeram infinitas possibilidades para filmar o corpo, os gestos e os ambientes. Isso tornou o universo cênico imenso", afirma.
O filme também abrange a discussão sobre a condição feminina apresentada na peça misturando diálogos das personagens com depoimentos de atrizes e espectadoras.
A programação se estende até 25 de dezembro. Na semana que vem exibe um documentário inspirado em "Assombrações do Recife Velho", criação da Cia. Os Fofos Encenam a partir obra homônima de Gilberto Freyre (veja programação ao lado).

NA TV
Teatro sem Fronteiras
Estreia da série
QUANDO amanhã, às 20h30, no canal Brasil
CLASSIFICAÇÃO livre


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