São Paulo, domingo, 05 de dezembro de 2010

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Mulheres colocam Viva entre os dez mais

Público feminino deixa canal criado há seis meses em nono no ranking do Ibope

Estreia de "Vale Tudo" fez a emissora crescer 200% em audiência na faixa de horário e chegar à liderança

CLARICE CARDOSO
DE SÃO PAULO

Elas têm mais de 25 anos, pertencem às classes A, B e C e são, em sua maioria, casadas. Priorizam a família e querem acesso a conteúdos de culinária, saúde, moda e educação. Juntas, ajudaram a colocar o Viva, um canal recém-nascido, entre os dez mais sintonizados da TV por assinatura em outubro.
Aos seis meses -estreou em 18 de maio-, a emissora ocupa o nono lugar no ranking do Ibope -que não divulga pontos de audiência para TV paga.
Está atrás de infantis (Discovery Kids, Disney Channel, Cartoon Network, Nickelodeon), noticiosos (Globonews), esportivos (SporTV) e filmes (TNT e TCPipoca). Ou seja: é o único declaradamente ligado à audiência feminina. Que comparece.
"Na criação do Viva, notamos que uma parcela desse público ainda não se sentia suficientemente atendida pela TV paga", diz a diretora do Viva, Leticia Muhana, sobre a composição do canal.
Segundo ela, 32% da audiência ao longo do dia são de mulheres com aquele perfil, sendo que, na TV paga em geral, elas são 19%. "Ou seja, conseguimos atrair mais mulheres do que a média da TV por assinatura: 13% a mais".

CLUBE DA LULUZINHA
Para isso, a isca é uma combinação de produções a que, em tese, o público já está familiarizado: são programas da Globo, como novelas, minisséries e humorísticos, telefilmes, realities e títulos exibidos em outros canais Globosat.
Tanto que, entre os dez títulos mais vistos (leia mais ao lado), sete foram exibidos originalmente na última década na TV aberta.
Uma exceção vistosa é "Vale Tudo": novela de 22 anos que, em pouco menos de um mês, virou o quinto programa mais visto e se tornou hit de uma geração conectada. E que, seja reunindo grupos em casa no horário dos capítulos, seja comentando-os no Twitter, trouxe de volta Odete Roitman em toda a sua glória.
"Não há como medir os públicos que vão assistir aos programas pela primeira vez ou os que já os viram antes, mas observamos seus movimentos nas redes sociais, por exemplo", afirma Muhana.
O desempenho da trama tem sido marcante para os resultados da emissora. De acordo com ela, a estreia da novela gerou um crescimento de mais de 200% em audiência na faixa -das 0h45 à 1h45-, o que deixou o canal na liderança no horário.
"Nas faixas "vizinhas" também houve crescimento, com aumento de cerca de 70% em audiência na exibição de filmes (à 1h45). Já na de minisséries, às 23h45, ele foi de cerca de 25%", completa.


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