São Paulo, domingo, 05 de dezembro de 2010

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Coleção traz obra que é base da noção moderna de democracia

"Do Contrato Social", de Rousseau, chega às bancas em 12/12

DE SÃO PAULO

"O ser humano nasce livre e em toda parte está a ferros. Aquele que mais se crê senhor dos outros não deixa de ser mais escravo do que eles."
Com a afirmação de impacto, começa o primeiro capítulo de um clássico da teoria política: "Do Contrato Social", de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). A tradução é de Edson Bini.
O livro é o 14º volume da Coleção Folha Livros que Mudaram o Mundo, que chega às bancas em 12/12.
Rousseau nasceu na Suíça e seu pai, o relojoeiro huguenote Isaac Rousseau, desde cedo estimulou-lhe o amor pelas letras e pela música.
A música ocupou papel significativo na vida dele: em 1752, sua ópera bufa "Le Devin du Village" ("O Adivinho do Vilarejo") encantou o rei francês Luís 15. O monarca ofereceu a ele uma pensão vitalícia, que Rousseau preferiu não aceitar.
Embora tenha feito muito sucesso, a peça desapareceu do repertório e hoje não passa de uma curiosidade. Contudo o espírito de independência que levou Rousseau a recusar a pensão real animava também os seus escritos, e foi como filósofo e pensador político, a influenciar a Revolução Francesa e a Revolução Americana, que seu nome ficou para a posteridade.
Em "Emílio" (1762), que chegou a ser proibido e queimado no lançamento, reflete sobre a educação do ponto de vista da relação entre o indivíduo e a sociedade; na novela epistolar "A Nova Heloísa" (1761), lança as bases literárias do pré-romantismo; e, nas "Confissões" (1769), estabelece o paradigma moderno de autobiografia.
Publicado em 1762, em uma Europa regida pelo absolutismo, "Do Contrato Social" defende a igualdade entre os homens e a soberania popular, conceitos que se tornariam fundamentais para a noção de democracia.


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