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CRÍTICA
Francesa lava a alma dos cariocas
ADRIANA FERREIRA
DO GUIA DA FOLHA
Ela cantou , fez dancinha na
frente e atrás dos pick-ups,
manteve o pique até o sol raiar e
arrancou aplausos e gritinhos de
um povo que pulou sem parar.
Assim foi a passagem de Miss
Kittin pelo Rio no dia 30, na megafesta promovida pelos clubes
Lov.e, Ultralounge e a festa X-Demente, na Fundição Progresso.
Vestida com um top sexy e com
a franjinha que virou moda penteada impecavelmente, a francesa
entrou sem alarde às 4h, ocupando o lugar do DJ Mau Mau -que
fez um set absurdo e saiu do palco
muito aplaudido.
A expectativa das cerca de 5.000
pessoas que se amontoaram na
pista era enorme. Miss Kittin
abriu tocando tech-house e logo
no início da discotecagem disparou uma versão mais dançante do
hit "Frank Sinatra", que muita
gente garantiu que não ia rolar
(ela mesma, em entrevistas, disse
que estava cansada da música).
Todo mundo cantou junto, e esse
foi um dos momentos mais divertidos da madrugada.
Barbies suadas e sem camisa,
com adereços como correntes no
pescoço e quepes de marinheiro,
formavam a maioria do público e
circulavam em grupos entre clubers cariocas, habitués da noite
paulistana e famosos como a top
model tcheca Karolina Kurkova.
Correndo e usando os discos
como abanador, Miss Kittin foi
do tecno ao tech-house, passando
pelo electro. Além de bases de
Madonna e Michael Jackson, seu
set teve o remix de "Soul on Soul",
de Marc Almond (Soft Cell), feito
pelo DJ The Hacker, parceiro de
Kittin no disco "First Album", e
"Silver Screen (Shower Scene)",
do DJ Felix da Housecat com vocal de Miss Kittin.
Empolgou cantando uma música nova, ainda sem nome. Lá pelas 6h30, com sol alto, colocou
"Stock Exchange", de "First Album". Antes de passar a bola para
o DJ Renato Lopes, registrou com
sua câmera uma galera que era toda sorrisos.
Avaliação:
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